Redação Pragmatismo
Polícia Militar 10/Mai/2018 às 13:18 COMENTÁRIOS
Polícia Militar

Dois policiais estavam no carro usado para matar Marielle Franco, diz testemunha

Publicado em 10 Mai, 2018 às 13h18

A mesma testemunha que apontou o envolvimento do vereador Marcello Siciliano (PHS) na execução de Marielle Franco agora revela que policiais estavam no carro usado no crime. Os mesmos homens já participaram de outras execuções

policiais estavam no carro usado para matar Marielle Franco

Um policial lotado no 16º BPM (Olaria) e um ex-PM do batalhão da Maré participaram da execução da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, de acordo o depoimento de uma testemunha-chave do crime. Segundo o jornal O Globo, a testemunha – a mesma que envolveu o vereador Marcello Siciliano (PHS) no crime – contou que os policiais estavam acompanhados de outros dois homens no Cobalt prata usado na execução.

Os quatro acusados que estavam no veículo foram identificados por essa testemunha e vêm sendo investigados pela Delegacia de Homicídios da capital (DH). Além do PM e do ex-policial, os outros passageiros do Cobalt, segundo o delator, são ligados ao miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando de Curicica, que atua na Zona Oeste e que, de acordo com a testemunha, participou da trama para matar Marielle, junto com Siciliano.

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Esses dois homens, informa a reportagem, já se envolveram, em junho de 2015, em outra execução com características semelhantes à de Marielle, também a mando de Orlando de Curicica, conforme o Ministério Público do Rio. Os nomes dos acusados não foram revelados para não atrapalhar as investigações. Segundo a denúncia, o grupo matou, em 2015, com tiros na cabeça, um homem que alugou um terreno na área de influência de Orlando, para instalação de um circo, sem autorização prévia do miliciano.

O delator disse à Divisão de Homicídios (DH) que Orlando deu a ordem para executar Marielle de dentro da prisão por meio do celular de outro preso, Charle Dickson Ferreira da Silva.

Segundo O Globo, um dia após o depoimento da testemunha, a Secretaria de Segurança pediu a transferência de Orlando para um presídio de segurança máxima, mas a medida ainda não foi autorizada. Ele está preso desde outubro do ano passado, acusado de liderar uma milícia.

Leia a reportagem completa do Globo

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