Como a CAN 2025 em Marrocos se tornou um palco para a influência geopolítica africana

Competições de futebol representam para seus públicos elementos que vão muito além do futebol. Cultura, política, economia e lazer são alguns destes pontos. Quando elas movimentam grandes públicos, continentes ou países, isso se torna ainda mais expressivo. A Copa Africana de Nações, conhecida como CAN, está marcada para iniciar no final de dezembro e configura como um grande instrumento de projeção geopolítica para o continente africano. A seguir, vamos entender como essa disputa ganhou este patamar e como contribui para a diplomacia esportiva.

Marrocos: o país sede e as expectativas

A edição de 2025 da competição será sediada em Marrocos. A escolha pelo país se deu em função de sua infraestrutura, reputação internacional e, é claro, estabilidade. Além de ser um dos nomes mais conhecidos dentro do continente africano, Marrocos já dispunha de uma série de fatores que facilitariam a realização de um torneio tão importante quanto esse: uma boa infraestrutura esportiva, logística, conectividade (um elemento essencial para grandes campeonatos, para boas transmissões e para apostar em sites como premier bet moçambique). Estes atributos o distinguiram de outros grandes nomes do continente, evidenciando que ele seria o com maior capacidade para sediar eventos de grande porte como a CAN.

Apesar de toda infraestrutura já existente, assim como ocorre em outros campeonatos, foram planejadas reformas, construções novas, além, é claro, da melhoria em serviços de transporte e na rede hoteleira. Estes elementos se fazem essenciais visto que a competição é, para os times africanos, uma espécie de “aquecimento” para planos mais ambiciosos, como, quem sabe, sediar próximas edições da Fifa World Cup – a Copa do Mundo, maior e mais importante competição do futebol internacional.

Heranças que ficarão e contribuirão para o futuro do Marrocos

Além de proporcionar aos torcedores e aos times uma boa experiência no campeonato, o Marrocos também colherá frutos positivos para o seu futuro no esporte. Além de destaque internacional, o país pode aproveitar este momento para acelerar fatores importantes, como sua transformação estrutural, tecnológica e, é claro, esportiva. Assim, sua credibilidade interna e externa tende a aumentar, colocando o país no centro das discussões, principalmente quando o assunto é o futebol.

A mídia ocidental tem dado grande atenção para o país. Sua ascensão redefine muitos aspectos relacionados ao futebol africano, gerando ainda mais empatia e visibilidade global para ele e para outros países. Assim, com a CAN, o Marrocos pretende consolidar sua narrativa, sendo muito além de uma potência futebolística, mas sim, um verdadeiro polo de convergência africano, sendo capaz de atrair investimentos, prestígio e, é claro, muitos turistas. Importante destacar que todos estes pontos estão diretamente ligados com a economia local, podendo trazer impactos significativos e diretos para os locais.

Em linhas gerais, o país aposta e investe pesado neste evento pois acredita que ao receber competições importantes como esta e, quem sabe, como a Copa do Mundo, conseguirá reforçar sua marca internacional, ao mesmo tempo em que conseguirá fortalecer seu papel como ator estratégico no continente africano.

Diplomacia continental como ponto central

A realização da CAN 2025 no Marrocos acaba criando um espaço simbólico de encontro de todo o continente. Seleções, torcedores, dirigentes, a mídia e todos os envolvidos circularão no Marrocos. Assim, oportunidades infinitas de networking e influência tendem a surgir. Assim, a visibilidade do país no continente tende apenas a aumentar. Dessa forma, a disputa acaba sendo uma espécie de catalisadora da integração africana, com Marrocos ocupando o centro deste movimento.

Futebol, diplomacia e construção de poder

A competição emerge como um marco estratégico no Marrocos, tendo impactos que não se limitam ao meio esportivo, trazendo influências inclusive no ponto de vista geopolítico. Ao transformar o futebol em um instrumento importante, Marrocos aposta em redefinir sua imagem e se consolidar como uma referência no esporte e no prestígio no continente africano. A competição será um verdadeiro teste, de logística, infraestrutura e imagem internacional. Se bem-sucedido, ele pode representar o início de uma nova era para o Marrocos e, também, para o continente africano de forma geral. Assim, podemos considerar este evento como um símbolo de como o esporte pode ser: cheio de significado, influência e, é claro, de resultados e impactos que vão muito além dos campos.