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ELEIÇÕES 2022 24/Mai/2022 às 08:58 COMENTÁRIOS
ELEIÇÕES 2022

Romário lidera disputa pelo Senado no Rio de Janeiro, revela pesquisa

Publicado em 24 Mai, 2022 às 08h58

Candidato de Bolsonaro, Romário tem 19 pontos de vantagem para o segundo colocado na disputa pelo Senado no Rio de Janeiro. Na eleição para governador, há empate técnico entre Freixo e Castro, mostra pesquisa Ipec

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Imagem: Pedro França | Agência Senado

Pesquisa Ipec publicada nesta segunda-feira, 23, mostra que Romário (PL) lidera as intenções de voto para o Senado no estado do Rio de Janeiro. No cenário mais amplo, com seis pré-candidatos, o ex-jogador aparece com 29% das intenções de voto.

Em seguida, está Cabo Daciolo (PDT), com 10%, tecnicamente empatado com os deputados federais Alessandro Molon (PSB) e Daniel Silveira (PTB), ambos com 8%, e com o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, André Ceciliano, que tem 6%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais e, neste ano, somente uma vaga estará em disputa.

Na última colocação e no limite da margem de erro, com 4%, está a pré-candidata do PSOL, Luciana Boiteux. Já os que dizem votar em branco ou nulo, somam 24%, enquanto 11% não souberam ou não responderam.

No segundo cenário testado, com somente três nomes — Romário, Ceciliano e Luciana — o candidato do PL amplia ainda mais a vantagem: ele aparece na ponta e marca 39 pontos percentuais, enquanto Ceciliano aparece em segundo, com 11%, e Luciana, com 7%, na terceira colocação. Os percentuais de votos em branco ou nulos (32%) também aumentam, enquanto 11% declaram-se indecisos.

Uma terceira simulação reduz a disputa para dois pré-candidatos: Romário, hoje o nome oficialmente apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), e Ceciliano, correligionário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Neste cenário, foi levado em consideração não só o nome do postulante ao Senado, mas também o de seu apoiador.

Com o apoio de Lula, Ceciliano turbinou seu desempenho e marcou 40% das intenções de voto, o único cenário em que ele assume a primeira colocação. Ainda assim, considerando o limite da margem de erro de três pontos percentuais, ele fica tecnicamente empatado com Romário, que marcou 34 pontos percentuais com o apoio de Bolsonaro. Nesta simulação, os que pretendem votar em branco ou anular o voto somam 20% e os indecisos, 5%.

O apoio de ambos os candidatos à Presidência tem sido, de fato, disputado pelos postulantes ao Senado. No campo da esquerda, Ceciliano tenta minar a candidatura de Molon, que sonha em ter o apoio de Lula para se fortalecer e seguir até o fim na disputa. Enquanto isso, o presidente da Alerj também tem ampliado sua aliança, se aproximando inclusive do governador Cláudio Castro, que pertence ao mesmo partido de Bolsonaro.

Do outro lado, Romário é o nome oficial do presidente e de seu partido. Mas com a repercussão de seu imbróglio judicial, da prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e do indulto concedido por Bolsonaro, Daniel Silveira tenta captar o eleitorado bolsonarista no estado para se viabilizar na disputa e conseguir o apoio do chefe do Executivo.

Já na pesquisa espontânea, que não apresenta o nome dos postulantes e pergunta livremente aos eleitores em quem votariam, a grande maioria dos entrevistados não soube responder: 71%. Outros 20% afirmaram que pretendem votar em branco ou nulo.

Entre os pré-candidatos, Romário segue na liderança com 3%, seguido por Daniel Silveira (2%), Alessandro Molon (1%) e André Ceciliano (1%). Outros pré-candidatos, que não chegaram a 1% cada um, somam 3 pontos percentuais no total.

A pesquisa Ipec também avaliou a rejeição dos nomes hoje colocados para a disputa ao Senado. Neste questionamento, os eleitores podiam citar um ou mais candidatos em quem não votariam de jeito nenhum.

Entre os mais rejeitados, estiveram o pedetista Cabo Daciolo e o deputado bolsonarista Daniel Silveira, ambos com 25%. Molon e Romário os seguiram de perto, com 24% de rejeição, antes de Ceciliano, que marcou 20%. Outros 14% disseram que não votariam em Luciana Boiteux de jeito nenhum. Outros 19% não souberam ou não responderam, enquanto 2% disseram que poderiam votar em qualquer um dos nomes.

Cenário da disputa pelo governo

Na disputa pelo governo do Rio, a pesquisa aponta empate técnico na liderança entre o atual governador Cláudio Castro (PL), o deputado federal Marcelo Freixo (PSB), e o ex-prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) para a eleição deste ano para o governo do Rio de Janeiro. Em um segundo cenário testado pela pesquisa, sem a presença do ex-prefeito da capital fluminense, Castro e Freixo também aparecem empatados na margem de erro, com 18% e 17%, respectivamente.

Apesar de aparecer no primeiro cenário da pesquisa, Marcelo Crivella é mais cotado pelo Republicanos a tentar uma cadeira no Senado ou na Câmara Federal.

No primeiro levantamento estimulado – com mais nomes na disputa -, Castro e Crivella têm 16% das intenções de voto cada, e Freixo tem 15%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Em seguida, aparecem os demais concorrentes, tecnicamente empatados. São eles: Rodrigo Neves (PDT), com 6%, Cyro Garcia (PSTU), com 5%, Eduardo Serra (PCB), marcando 3%, Felipe Santa Cruz (PSD), com 2%, e Paulo Ganime (Novo), com 1%.

Este é o primeiro levantamento do Ipec para o governo do Rio de Janeiro neste ano.

O Ipec também pesquisou o cenário presidencial no Rio

Lula tem 46% das intenções de voto no estado, seguido por Bolsonaro, com 31%. Ciro Gomes aparece com 4%, enquanto João Doria (PSDB), que deixou a disputa nesta segunda, vem com 2%. André Janones (Avante), Felipe d’Ávila (Novo), Simone Tebet (MDB) e Vera Lucia (PSTU) marcaram 1%. Já Eymael (DC), Leonardo Péricles (UP), Luciano Bivar (União), Pablo Marçal (Pros) e Sofia Manzano (PCB) não pontuaram. Brancos e nulos somaram 7%, e 5% não souberam ou não responderam.

A pesquisa realizou 1.008 entrevistas no estado do Rio de Janeiro entre os dias 19 e 22 de maio. O nível de confiança, segundo o instituto, é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-04025/2022 e no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o protocolo Nº RJ-07114/2022

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