Redação Pragmatismo
EUA 16/Nov/2021 às 06:12 COMENTÁRIOS
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Steve Bannon, ex-conselheiro de Trump, se entrega ao FBI por acusação de desacato

Publicado em 16 Nov, 2021 às 06h12

Líder da extrema direita foi indiciado por desacato ao Congresso ao se recusar a depor e por não fornecer documentos solicitados

Steve Bannon ex-conselheiro Trump entrega FBI desacato

Stephen Kevin “Steve” Bannon (Imagem: Thibault Camus | AP)

Opera Mundi

O aliado e ex-conselheiro de Donald Trump Steve Bannon se entregou nesta segunda-feira (15) ao FBI, a polícia federal norte-americana, em Washington, capital dos Estados Unidos. Ele foi indiciado por desacato ao Congresso ao não cumprir intimações para depor sobre a invasão do Capitólio, promovida por apoiadores do ex-presidente republicano, em 6 de janeiro.

De acordo com o Departamento de Justiça, o também líder da extrema direita se negou tanto a depor quanto a fornecer documentos solicitados.

A suspeita é de que Bannon sabia previamente da insurreição realizada no dia em que o Congresso se reunia para ratificar a vitória de Joe Biden nas eleições de novembro. O assalto terminou com cinco pessoas mortas, incluindo apoiadores de Trump.

Leia também: The Guardian expõe as relações de Steve Bannon com Jair Bolsonaro

Antes de se entregar na sede do FBI, ele falou ao vivo para a rede social Gettr, criada por e para apoiadores do ex-mandatário: “Estamos derrubando o regime de Biden, eu quero que vocês fiquem focados, isso é só ruído“.

Ainda em outubro deste ano, a Câmara dos Representantes, composta por maioria democrata, aprovou uma resolução contra Bannon com 229 votos a favor, sendo nove de republicanos, e 202 contra, pedindo ao Departamento de Justiça que tomasse providências contra o ex-estrategista trumpista.

Bannon foi o arquiteto da vitoriosa campanha de Trump em 2016, mas rompeu com o magnata menos de um ano após sua chegada à Casa Branca.

Após se afastar do presidente, fortaleceu laços com a extrema direita europeia, como o italiano Matteo Salvini e a francesa Marine Le Pen, e se aproximou da família Bolsonaro. Ele também tem conexões na ala ultraconservadora da Igreja Católica norte-americana, que faz oposição ao papa Francisco.

Saiba mais: O controverso plano de Steve Bannon para “unificar a direita” na Europa

Bannon já havia sido preso em agosto de 2020 por uma acusação de desviar dinheiro de uma campanha para financiar o muro na fronteira entre EUA e México, mas acabou libertado após pagar fiança de US$ 5 milhões.

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