Redação Pragmatismo
Justiça 19/Mar/2021 às 10:40 COMENTÁRIOS
Justiça

TCU investiga compra de 80 mil cervejas e 700 toneladas de picanha pelos militares

Publicado em 19 Mar, 2021 às 10h40

Farra das Forças Armadas: 80 mil unidades de cerveja especiais e mais de 700 mil quilos de picanha foram adquiridos em plena pandemia, com preços acima do mercado. "Irresponsabilidade com o dinheiro público", aponta denúncia

TCU investiga compra cervejas toneladas picanha militares
(Imagem: 38bi.eb)

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai investigar os gastos realizados pelas Forças Armadas com alimentos e bebidas.

A Corte que assessora o Congresso acatou representação feita por deputados do PSB, a partir de levantamento realizado pela própria legenda no Painel de Preços do Ministério da Economia. A pesquisa identificou uma série de compras de itens nobres, como picanha e cervejas especiais, com preços acima dos praticados pelo mercado.

Os Comandos das Forças Armadas iniciaram e concluíram processos de compras de 80.016 unidades de cerveja e de 714.700 quilos de carne bovina do tipo picanha, itens que, associados, revelam falta de zelo e responsabilidade com o dinheiro público“, diz a representação dos parlamentares.

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Reportagem publicada em fevereiro pelo Estadão mostrou que o cardápio de itens de luxo consumidos pelas Forças Armadas é mais amplo. Os dados oficiais revelam que o consumo também incluiu, no ano passado, milhares de quilos de lombo de bacalhau, garrafas de uísque 12 anos e de conhaque.

Por que a mamata bilionária dos militares não causa indignação nacional?

O deputado Elias Vaz de Andrade (PSB-GO), um dos autores da representação, disse que a decisão do TCU “é o reconhecimento de que há realmente irregularidades graves” nesses processos de compra.

‘Diferença’

O Ministério da Defesa nega irregularidades e afirma que “existe sempre uma significativa diferença entre processos de licitação e a compra efetivamente realizada, cuja efetiva aquisição é concretizada conforme a real necessidade da administração“. “É imprescindível que se faça essa segmentação adequada, quando se faz a totalização dos valores.”

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Agência Estado

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