Redação Pragmatismo
Corrupção 25/Jun/2020 às 19:55 COMENTÁRIOS
Corrupção

Flávio e Bolsonaro criticavam o foro privilegiado, concedido agora ao filho do presidente

Publicado em 25 Jun, 2020 às 19h55

Vídeo: Não faz muito tempo que Flávio e Jair Bolsonaro posavam de baluartes da moralidade para criticar o foro privilegiado, concedido hoje ao senador no caso Queiroz

flávio bolsonaro foro privilegiado

Jose Cassio, DCM

Flávio Bolsonaro, chefe do esquema da ‘rachadinha’ na sua passagem pela Assembléia Legislativa do Rio, acabou beneficiado pela Justiça do RJ, nesta quinta, 25, com o foro privilegiado no caso Queiroz.

O desembargador Paulo Rangel, que desempatou o recurso do Senador para tirar da primeira instância da Justiça a investigação das rachadinhas, é muito querido das hostes bolsonaristas.

A defesa do foro privilegiado não era o que o hoje Senador pregava em 2017. Ele e o pai, então deputado federal, aparecem em um vídeo, intitulado de “Quem precisa de foro privilegiado?” e compartilhado nas redes sociais do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) no qual Bolsonaro critica o benefício concedido aos políticos.

Flávio não se pronuncia no vídeo, mas Bolsonaro criticou os deputados que decidiam se reeleger apenas para manter o foro privilegiado.

“Dos 513 deputados, 430 vão ser reeleitos. Por que eles têm que ser reeleitos? Para continuar com o foro privilegiado. O único privilegiado com o foro privilegiado agora sou eu, eu não quero essa porcaria de privilégio. Eu sou o único deputado federal prejudicado com esse foro privilegiado”, disse Bolsonaro.

Entenda

A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RJ decidiu, por 2 votos a 1, por acatar o pedido de habeas corpus da defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos – RJ). Com a decisão, o processo sobre as “rachadinhas” sai da primeira instância e será avaliado pelo Órgão Especial, na 2ª instância.

Os desembargadores da 3ª Câmara decidiram, também por 2 votos a 1, pela validade das decisões do juiz Flávio Itabaiana até agora no processo. As desembargadoras Suimei Cavalieri e Mônica Toledo concordaram em manter os atos, e Paulo Rangel foi contra — ele queria a soltura de Queiroz.

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