Redação Pragmatismo
Saúde 16/Abr/2020 às 16:10 COMENTÁRIOS
Saúde

Os exercícios respiratórios que ajudam a aumentar a capacidade pulmonar

Publicado em 16 Abr, 2020 às 16h10

Coronavírus: especialistas indicam atividades que podem ser realizadas durante o confinamento e ajudam a fortalecer o sistema respiratório

pulmões coronavírus
(Imagem: Reprodução/NewsLab)

Diante da pandemia do novo coronavírus, surgem questionamentos sobre atividades que ajudam a fortalecer o sistema respiratório, já que o pulmão, embora não seja o único, é um dos órgãos mais afetados pelo vírus da covid-19.

Durante o confinamento social, as pessoas podem fazer exercícios respiratórios que ajudam a fortalecer a musculatura respiratória. “A musculatura pulmonar, assim como qualquer outra musculatura do corpo, se não for estimulada tende a ficar mais fraca. “Ao dar estímulo, a gente consegue aumentar nossa capacidade pulmonar e fortalecer também nossos músculos respiratórios”, afirma André Vinícius Bastos Coutinho, fisioterapeuta intensivista do Hospital Anchieta em Brasília e professor de fisioterapia pneumológica da Faculdade Sena Aires.

“Até mesmo os idosos e pacientes com doenças pulmonares preexistentes devem praticar atividades para fortalecer a musculatura respiratória, melhorar a capacidade pulmonar e fazer com que a pessoa mantenha a ventilação pulmonar normal”, disse Coutinho.

Dentro do grupo de risco com os idosos, fumantes e pacientes com doenças pulmonares crônicas precisam redobrar os cuidados preventivos para evitar o contágio pela covid-19.

“O pulmão de uma pessoa normal já está funcionando plenamente e já é fortalecido. Já quem tem asma, bronquite ou enfisema (no caso de fumantes), principalmente, têm condição do pulmão fragilizada, pois têm processo inflamatório provocado por cigarro ou doenças pulmonares crônicas”, alerta Clystenes Soares Silva, pneumologista e professor de pneumologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Se contrair infecção pelo novo coronavírus, o impacto é muito mais acentuado”, ressaltou.

Para fumantes, a recomendação inicial é largar imediatamente o vício. “Já a pessoa que tem doenças respiratórias crônicas deve manter a medicação otimizada, ou seja, tudo o que foi prescrito pelo médico deve ser seguido corretamente para manter a resistência dos pulmões”, disse Silva.

O pneumologista também orienta a pessoa – nas duas situações acima – a fazer exercícios para que a musculatura respiratória esteja bem treinada e no caso de pegar uma infecção o paciente tenha condição de um pulmão mais fortalecido. “No caso de pacientes com doenças pulmonares crônicas, a prática de exercícios ou fisioterapia respiratória é indicada para melhorar a condição ventilatória, de usar a musculatura para respirar, e deve ser feita sob prescrição médica”.

Crianças

Para crianças saudáveis que estão em isolamento em casa, os exercícios aeróbicos são os mais indicados para ter benefícios respiratórios. Pais e filhos podem aproveitar momentos juntos.

“Atividades que ajudam a gastar energia, transpirar, que aumentam a frequência respiratória e cardíaca. Em uma situação normal, indicamos natação, corrida, dança e basquete. Durante o confinamento, quem tem quintal, pode deixar a criança andar um pouco de bicicleta, caminhar e correr. Qualquer atividade que deixe a criança ativa e evite a permanência por muito tempo em frente à televisão é fundamental”, orienta Alfonso Eduardo Alvarez, pneumologista pediátrico, presidente do Departamento de Pneumologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

Quem mora em apartamentos menores também pode criar opções dentro de casa. “É possível criar uma atividade recreativa em qualquer espaço. Em ambiente fechado, como apartamento, pode pegar uma corda, brincar de pular ou colocar uma música e dançar. Pode também fazer uso de vídeo game que tenha controle de sensor de movimentos.

“No caso de crianças que tiveram pneumonia e ficaram internadas recentemente, existem exercícios de recuperação pulmonar”, lembra Alvarez. Neste caso, é indicado que haja acompanhamento profissional de fisioterapia respiratória.

Renata Okumura, Agência Estado

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