Redação Pragmatismo
Corrupção 11/Abr/2019 às 16:03 COMENTÁRIOS
Corrupção

Senadora conhecida como “Moro de saias” é cassada por caixa 2

Publicado em 11 Abr, 2019 às 16h03

Conhecida como “Moro de saias”, senadora Selma Arruda (PSL) é cassada em decisão unânime por abuso de poder econômico e uso de caixa 2

Senadora conhecida Moro de saias cassada caixa 2
Selma Arruda, senadora federal pelo PSL-MT (Imagem: Jane de Araújo | Agência Senado)

Por unanimidade, os sete juízes do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso cassaram o mandato da senadora Selma Arruda (PSL) por abuso de poder econômico e uso de caixa 2 nas eleições de 2018.

A decisão foi tomada em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral. O desembargador Pedro Sakamoto impôs inelegibilidade de 8 anos. Como ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a senadora permanece no cargo até uma decisão definitiva.

Em Mato Grosso, Selma ganhou o apelido de “Sérgio Moro de saias” por sua atuação em ações criminais contra políticos e servidores públicos. Ela mandou prender o ex-governador Silval Barbosa e empresários influentes no Estado, em 2017. Também condenou a 26 anos de prisão o ex-deputado José Riva pela participação em esquema de corrupção quando ele foi presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

A ex-juíza foi eleita com 678 mil votos, e declarou bens no valor de R$ 1,4 milhão. As investigações começaram quando a senadora fez gastos de campanha considerados incompatíveis com seu patrimônio declarado ao TSE. Após a quebra de seu sigilo, foram identificadas transações do seu primeiro-suplente, Gilberto Possamai, e sua mulher, Adriana, para a conta da então candidata.

“Boa-fé”

A senadora disse estar “tranquila” com a decisão do TRE. “A tranquilidade que tenho é com a consciência dos meus atos, a retidão que tive em toda a minha vida e que não seria diferente na minha campanha e trajetória política”, afirmou a parlamentar, em nota.

Respeito a Justiça e, exatamente por esse motivo, vou recorrer às instâncias superiores, para provar a minha boa-fé”, declarou.

Agência Estado

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