Redação Pragmatismo
Eleições 2018 18/Out/2018 às 10:34 COMENTÁRIOS
Eleições 2018

Roger Waters chora e faz homenagem a Moa do Katendê

Publicado em 18 Out, 2018 às 10h34

Com homenagem a Moa do Katendê, Roger Waters pede paz e chora durante show para 28 mil pessoas na Bahia. Reação do público foi instantânea. Em inquérito, Polícia conclui que Moa foi assassinado por divergir politicamente de eleitor de Bolsonaro

Roger Waters Moa do Katendê
Roger Waters homenageia Moa do Katendê (divulgação)

Fundador do Pink Floyd, o músico Roger Waters se apresentou na noite desta quarta-feira (17) na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA), para 28 mil pessoas.

O espetáculo foi marcado por momentos emocionantes, com diversas críticas sociais e homenagem a Moa do Katendê — compositor e mestre de capoeira assassinado com 12 facadas por discordar de um eleitor de Bolsonaro.

Um telão de 70 metros de largura integrado ao palco exibiu uma foto de Moa do Katendê de braços abertos. Em seguida, Roger Waters pediu paz e chorou no palco. O momento levou o público à loucura e a reação foi instantânea.

A plateia aplaudiu e protestou aos gritos de “ele não” — expressão que representa aversão à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República.

A homenagem a Moa foi um dos pontos altos da apresentação de Roger Waters e marcou o encerramento do show.

O espetáculo começou por volta das 21h20 e durou mais de duas horas. Durante a apresentação, Waters e sua banda reuniram diversos sucessos do Pink Floyd, além de músicas lançadas pelo cantor após a saída do grupo. Entre as canções, “Breathe”, “Welcome to the Machine”, “The Last Refugee”, “Picture That”, “Eclipse”, “Money” e “Pigs”.

Assassinato do Mestre Moa

Nesta quarta-feira (17), a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a investigação do assassinato do Mestre Moa e afirmou que ele foi morto por divergência política.

Moa, conforme apontam as investigações, disse a Paulo Sérgio que era contra o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL).

Além do depoimento de Paulo Sérgio, que continua preso, o dono do bar onde aconteceu o crime, entre outras testemunhas, confirmaram que posições políticas adversas iniciaram a discussão.

As investigações apontam ainda que, após Moa ter dito que votou em Fernando Haddad (PT), Paulo discutiu com ele. Moa levou 12 facadas pelas costas.

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