Desenvolvimento Brasileiro

Um pequeno resumo do Brasil, de 2013 até 2018

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Para entender o que está acontecendo no Brasil atual, é preciso rememorar 2013

Luciano da Luz, via Facebook

2013, o início do fim…

Em 2012, aprovação pessoal de Dilma subia e atingia 77% uma das maiores da série histórica.

Em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma apresentava maior popularidade em comparação com os dois primeiros anos dos dois mandatos de Lula, conforme a pesquisa. Em março do segundo ano do segundo mandato, Lula tinha 73%

O levantamento foi realizado pouco depois do auge da crise do governo com a base aliada, quando o governo sofreu derrotas em votações importantes e a presidente Dilma trocou os líderes do governo na Câmara e no Senado para tentar solucionar o impasse.

Em novembro de 2013, segundo a ANP, o valor cobrado do litro de gasolina era de R$ 2,77.

A taxa de desemprego recuava para 4,3% em dezembro de 2013 segundo IBGE, a taxa era a menor desde o início da série histórica.

Foi no mesmo ano que explodiu uma série de protestos, foram várias manifestações populares por todo o país que inicialmente surgiram para contestar os aumentos nas tarifas de transporte público, principalmente nas principais capitais. também conhecidos como Manifestações dos 20 centavos, Manifestações de Junho ou Jornadas de Junho.

Em junho de 2013, o prefeito Fernando Haddad (PT) revogou o reajuste da tarifa de ônibus de R$ 3,20 e manteve o preço da passagem nos atuais R$ 3, já não era suficiente, afinal.. os protestos já não eram mais apenas por 20 centavos.

Após o Movimento Passe Livre – MPL iniciar as manifestações que foram reprimidas violentamente pela PM de São Paulo na época de Geraldo Alckmin, surgiram outros movimentos reivindicando outras pautas.. o MBL – Movimento Brasil Livre surgiu levantando a bandeira “anti-política“, contra corrupção e contra o governo PT, vários atos foram convocados chamando o povo pra rua de verde amarelo com a principal bandeira “fora PT“, o Vem Pra Rua Brasil ajudou na convocação dos atos e na difusão das pautas pela internet.

No ano seguinte, após várias quedas, aprovação ao governo Dilma caia para 31%, apontava pesquisa Ibope.

A onda Anti-PT já havia tomado conta do Brasil,com uma eleição totalmente polarizada, Dilma vencia Aécio Neves com uma pequena diferença, isso não evitou que o povo elegesse o congresso mais conservador após a constituição de 88, com o discurso anti corrupção e anti-PT, Deputados e Senadores da oposição eram maioria no congresso.

Diante da baixa popularidade da presidenta Dilma Rousseff e dos escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e figuras ligadas ao Partido dos Trabalhadores (PT) a base aliada no Congresso Nacional já não era mais tão coesa. O governo encontrava-se apreensivo diante da votação das chamadas “pautas-bombas”, que eram projetos de lei que poderiam impactar as contas públicas, dificultando a redução de gastos prevista para que a meta fiscal fosse atingida.

Em 2015, a Câmara aprovou em primeiro turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 443/09) que vinculava os salários de advogados públicos e delegados de polícia à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que é R$ 33,7 mil. O texto aprovado, feito pela comissão especial que analisou a proposta antes de ir a plenário, estabelecia índice de 90,25% para a maior remuneração de cada carreira. A medida criava por si só um impacto de R$ 2,4 bilhões ao ano no orçamento da União, segundo cálculos do Ministério do Planejamento.

Em seguida, várias outras “pautas-bombas” foram lançadas no congresso presidido por Eduardo Cunha, projetos que tratavam sobre aspectos do orçamento, arrecadação e aumento de salários.

Correção do FGTS = Impacto de 10 bilhões

DRU (Desvinculação de Receitas da União) O Congresso levou a pauta em banho-maria = Segundo o governo, o impacto da não aprovação do projeto ficava na casa dos R$ 121,7 bilhões.

Regularização de recursos no exterior = O governo previa arrecadar R$ 11,4 bilhões com o projeto que objetivava regularizar recursos no exterior não declarados. A votação que era esperada para julho, foi adiada para agosto, adiada novamente pelo congresso e foi votada e sancionada apenas após a queda de Dilma Rousseff.

Vetos de Dilma: os parlamentares derrubaram os vetos de Dilma Rousseff que freavam gastos, como o reajuste dos servidores da Justiça Federal. O impacto estimado da derrubada dos vetos da presidenta foi de R$ 25,7 bilhões.

Revisão da desoneração da folha de pagamento

A proposta diminuía pela metade a desoneração da folha de pagamento, representando para o governo uma economia estimada em R$ 10 bilhões por ano.

Além dessas propostas, o governo também se encontrava apreensivo com pautas que representavam perdas políticas e poderiam influenciar a governabilidade. Dentre elas, destacam-se a do pacto federativo, que proibia que a União delegasse serviços a estados e municípios sem garantir as verbas necessárias para sua execução e contava com apoio maciço de prefeitos e governadores; a reforma política; a redução da maioridade penal e a análise das contas do primeiro mandato da presidenta Dilma Roussef.

em 2016, PIB do Brasil recuava 3,6%. A taxa de desemprego bateu novo recorde no primeiro trimestre de 2017 e chegou a 13,7%, informou o IBGE. De acordo com o instituto, o desemprego já atingia 14,2 milhões de brasileiros.

Em 2018, segundo ANP, valor médio do litro de gasolina para o consumidor final terminou junho em R$ 4,49.

E aquela passagem que custava R$3 na gestão Haddad, hoje custa R$4 na gestão Dória, nenhum protesto foi marcado, ninguém se manifestou.

Lula é preso e impedido de participar da eleição, a mesma eleição que aparecia como líder isolado em todas as pesquisas de intenção de voto.

No final de 2018, Jair Bolsonaro esta prestes a ser eleito como o salvador do pátria, o presidente que vai metralhar a petralhada e acabar com os comunistas promete uma revolução no sistema político.

Os líderes dos movimentos que se diziam “contra os políticosMBL – Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua Brasil foram os políticos mais votados em São Paulo, eles compõem partidos como DEM, um dos partidos com maior número de políticos corruptos cassados segundo o TSE.

Aquele país que foi capa de um editorial especial de 14 páginas da edição da revista britânica The Economist, divulgada em 2009 Intitulado Brazil Takes Off (“O Brasil Decola”, em tradução literal), hoje afunda e as previsões não são nada otimistas.

O que vem pela frente? Ninguém sabe.

O futuro é sombrio e a luz no fim do túnel esta cada vez mais distante, como dizia o deputado evangélico Eduardo Cunha, “Deus tenha misericórdia dessa nação“.

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