Redação Pragmatismo
Barbárie 06/Ago/2018 às 13:47 COMENTÁRIOS
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Mark Chapman revelou plano para matar John Lennon, diz esposa

Publicado em 06 Ago, 2018 às 13h47

Esposa de Mark Chapman, o assassino de John Lennon, diz que marido havia confessado plano de matar o ex-Beatle. Novo pedido de liberdade condicional para Chapman será avaliado este mês

Mark Chapman plano matar John Lennon

Gloria Hiroko Chapman, mulher do homem que assassinou John Lennon em Nova Iorque, em 1980, afirmou ao jornal britânico The Mirror que o marido lhe disse, dois meses antes de concretizar o crime, que iria matar o fundador dos Beatles. A mulher de Mark Chapman confessou ter percebido de imediato quem tinha sido o autor do homicídio assim que soube da notícia da morte de Lennon, a 8 de dezembro daquele ano, vítima de vários disparos de pistola à porta do edifício Dakota na zona oeste do Central Park, onde o músico vivia com Yoko Ono e o filho de ambos, Sean Lennon.

Dois meses antes de perpetrar o crime, Chapman tinha estado em Nova Iorque e, de acordo com as declarações agora efetuadas pela mulher, regressou a casa “assustado” e que, com o objetivo de “fazer um nome para si próprio“, tinha planeado matar John Lennon. No entanto, adiantou Gloria Chapman, o marido acrescentou que o amor dela o tinha salvado. Pouco tempo depois, Mark avisou que iria fazer uma nova viagem à cidade, mas a mulher não acreditou que a deslocação se destinasse a cumprir os planos que o marido lhe tinha revelado.

Mark Chapman terá alegado, de acordo com as revelações de Gloria, que precisava de algum tempo para si próprio e de pensar na sua vida, de forma a crescer como adulto e como marido. Caso o casal fizesse o sacrifício de ficar algum tempo separado, justificou Chapman, os dois poderiam desfrutar de um longo e feliz casamento. Trinta e oito anos depois do assassinato, Gloria Chapman disse que o marido lhe mentiu, na época, quando lhe garantiu que se tinha desfeito de uma arma de que dispunha ao atirá-la ao mar.

Sobre o dia trágico, a mulher do assassino disse que foi uma das noites “mais sombrias” da sua vida. Recordou que tinha chegado a casa após um normal dia de trabalho e que se sentara a jantar e a ver na televisão um episódio da série “Uma Casa na Pradaria“, quando foi alertada por um rodapé no canto inferior do ecrã em que passava um título que informava: “John Lennon foi baleado em Nova Iorque por um homem caucasiano“.

A vida, afirmou Gloria Chapman, mudou “dramaticamente” a partir dessa noite fatídica. Passou a ser a “senhora Mark David Chapman, mulher de um assassino, não de um qualquer assassino, mas de um cuja vítima era famosa e adorada por milhões de pessoas em todo o mundo“. Apesar de tudo, Gloria afirma nunca se ter preocupado com a duração da pena de prisão de Mark Chapman, porque esperaria sempre pelo marido.

As declarações da mulher do homicida surgem poucos dias antes de as autoridades norte-americanas voltarem a avaliar um pedido de liberdade condicional, numa audiência que se prevê que venha a ter lugar durante a semana que se inicia a 20 de agosto próximo. Será o décimo pedido que Mark Chapman submete desde que foi detido na própria noite do crime. Até agora, a liberdade foi-lhe sempre negada.

Yoko Ono, viúva do ex-Beatle, tem-se mostrado adversa em relação à hipótese de Mark Chapman poder vir a ser posto em liberdade condicional. Há quatro anos, por ocasão de um anterior pedido do homicida para sair da prisão, Ono expressou a opinião de que o assassino do marido nunca devia ser libertado, já que, de acordo com o seu ponto de vista, considera que Chapman não tem consciência de que fez algo de mau. “Se ele fez isso uma vez, poderia fazê-lo novamente com outra pessoa“, disse a viúva do autor da canção pacifista “Imagine.

John Lennon tinha 40 anos quando foi abatido e regressara à atividade como músico, depois de uma segunda metade dos anos 1970 em que decidiu ficar em casa a cuidar do filho Sean, nascido em outubro de 1975. Tinha lançado um álbum em parceria com a mulher, intitulado “Double Fantasy”, e preparava as canções para um novo disco que acabaram por ser editadas em 1984 em “Milk and Honey”.

Em 2016, perante o conselho que analisou o nono pedido de liberdade condicional, Mark Chapman reconheceu que o crime que cometeu foi premeditado, egoísta e mau. Os membros do orgão foram cautelosos. Recusaram aceder à pretensão do recluso, alegaram que ele poderia reincidir e decidiram mantê-lo atrás das grades.

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Expresso

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