Redação Pragmatismo
Lula 29/Mar/2018 às 10:46 COMENTÁRIOS
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PT exige Polícia Federal na investigação dos tiros contra Lula

Publicado em 29 Mar, 2018 às 10h46

Partido dos Trabalhadores (PT) diz que tiros contra caravana de Lula são crime federal e pede Polícia Federal na investigação. Governo afirmou, porém, que não vai disponibilizar a PF para apurar o caso

polícia federal caravana de Lula
Caravana de Lula pelo Sul do Brasil teve seu último ato na noite desta quarta-feira (28), em Curitiba (Imagem: Ricardo Stuckert)

A bancada do PT na Câmara dos Deputados reagiu hoje (28) aos ataques a tiros à caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre os municípios de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no Paraná, na terça-feira (27).

Em entrevista coletiva, os deputados Marco Maia (RS), Paulo Teixeira (SP) e Celso Pansera (RJ) anunciaram que o partido vai pedir a entrada da Polícia Federal na investigação, que classificaram como “atentado político”. A bancada também vai entrar com uma ação na Procuradoria-Geral da República para pedir a elucidação do ataque.

“Não foram tiros de intimidação para o alto, mas direcionados contra os ônibus da caravana e que poderiam ter acertado o ex-presidente Lula ou alguma outra pessoa. Por isso, defendemos a entrada da Polícia Federal no caso e vamos acionar a PGR, o Ministério da Justiça e o da Segurança Pública para que tomem medidas urgentes para elucidar esse atentado”, disse o deputado Marco Maia.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), também repudiou o ataque à caravana de Lula na Região Sul do país.

“O tiro no ônibus foi o ponto final de alguns dias de absurdos, inviabilizando a mobilização do ex-presidente Lula. Todos sabem que sou adversário, mas devemos ser adversários nas ideias, no debate, não achando graça, inviabilizar que ele passe por uma estrada, ou mais grave que isso, ameaçando vidas de pessoas, querendo gerar um recuo no movimento do ex-presidente, que é legítimo, democrático”, disse.

O parlamentar criticou ainda as ameaças sofridas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin. “Imagina se um voto da Justiça brasileira pode ser pautada por qualquer pressão, nenhuma pressão deveria existir, muito menos uma pressão sob ameaça. Acredito que chegamos, de fato, na beira do precipício. O Estado brasileiro precisa reagir, em conjunto, todos entendendo que a sociedade, no momento, não aguenta mais polarização, agressões”, afirmou.

Segundo Maia, os dois episódios são sintomáticos e representam o momento de extrema polarização do país. “Os campos ideológicos resolveram entender que podem inviabilizar o direito do outro. Acho que está na hora do Estado brasileiro como um todo, junto com o governo dos estados, avançarem rapidamente”.

O atentado

Dois ônibus foram atingidos terça-feira (27) por pelo menos três tiros quando a caravana estava na estrada no trajeto entre as cidades de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no Paraná.

SAIBA MAIS: Mensagens revelam plano para atentado a tiros contra Lula

Um dos veículos que recebeu disparos estava com profissionais de imprensa que acompanham o grupo e outro levava convidados. O ex-presidente Lula não estava nos veículos atingidos. Ninguém ficou ferido.

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