Redação Pragmatismo
Barbárie 05/Mar/2018 às 11:20 COMENTÁRIOS
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Avó de criança assassinada pelos pais diz que tentou frear espancamentos

Publicado em 05 Mar, 2018 às 11h20

Avó de menina de 5 anos morta pelos pais relata as cenas de espancamento covarde que presenciou e diz que tentou conseguir a guarda da criança, mas não obteve sucesso. O avô, emocionado, também revela indignação

Emanuelly Aghata assassinada pelos pais
Phelipe e Débora, pais de Emanuelly Aghata

Na noite da última sexta-feira (2), Débora Rolim da Silva, de 24 anos, e Phelipe Douglas Alves, de 25 anos, chamaram o SAMU para socorrer a filha sob a justificativa de que a menina estava convulsionando após ter caído da cama.

A verdade, porém, é que Emanuelly Aghata da Silva havia apanhado tanto dos pais que estava desfalecendo. A agressão que acabou em assassinato não foi um fato isolado.

Segundo Irene de Jesus, avó materna de Emanuelly, sua neta era agredida com frequência. “Um dia fui à casa deles e o pai estava batendo nela durante o banho. Falei para pararem, mas me disseram: ‘tem que educar’. Ele estava batendo nela com cinto”, revelou.

“Às vezes via marcas roxas na minha neta e Débora dizia que a menina tinha caído, mas sempre suspeitei que fosse mentira. Até tentei pegar ela para criar, mas não consegui”, lamenta, ao admitir que estudava a possibilidade de dar entrada no Conselho Tutelar para conseguir a guarda da criança.

Inconsolável, o avô Rubens da Silva diz que a menina apanhava muito do pai. “A sensação que tenho agora é de revolta. Desde quando você vai bater em uma criança desse jeito? Imagina o que ele fez com ela para acontecer isso”, disse, emocionado.

Presos

Phelipe e Débora estão presos desde o último sábado (3). Os médicos do SAMU que atenderam a ocorrência desconfiaram que a menina não estava convulsionando à toa.

Os profissionais perceberam que Emanuelly tinha marcas de agressão em diversas partes do corpo e acionaram a polícia.

A Polícia Civil informou a mãe foi encaminhada à penitenciária em Votorantim e o pai foi levado para o presídio II em Itapetininga. A prisão preventiva de ambos foi decretada pela Justiça até o dia do julgamento, que ainda não tem data marcada.

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