Redação Pragmatismo
Corrupção 30/Jan/2017 às 14:45 COMENTÁRIOS
Corrupção

Eike Batista tem cabeça raspada e é transferido para Bangu 9

Publicado em 30 Jan, 2017 às 14h45

Carregando um travesseiro e de cabeça raspada, ex-bilionário Eike Batista é transferido para Bangu 9. Por não ternível superior, empresário não pode ir para Bangu 8 e deve ficar em cela comum

Eike Batista cabeça raspada bangu
Antes de seguir para Bangu 9, Eike Batista teve a cabeça raspada no presídio Ary Franco

Com a cabeça raspada e uniforme de detento, Eike Batista foi colocado dentro de uma viatura, carregando um travesseiro na mão, rumo à Cadeia Pública Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, na Zona Oeste.

O empresário foi preso nesta segunda-feira (30) ao desembarcar no Rio de Janeiro vindo de Nova York.

Eike teve a prisão decretada na quinta-feira (26), no âmbito da Operação Eficiência, segunda fase da Calicute, o desdobramento da Lava Jato no Rio.

Considerado foragido pela Justiça, o empresário teve o nome incluído na lista de procurados da Interpol.

Fernando Martins, advogado responsável pela defesa de Eike, disse que não sabia informar se Eike ficará em uma cela comum. “Não sei detalhe sobre cela comum.”

Por não ter nível superior, Eike não pode ir para Bangu 8, mesmo presídio em que está o ex-governador Sérgio Cabral e outros presos durante as operações Calicute e Eficiência, desdobramentos da Lava Jato.

Segundo agentes do Serviço de Operação Especiais da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que fizeram o transporte de Eike para Bangu, o Bandeira Stampa é uma cadeia em que não há domínio de facção criminosa.

As celas são para até seis presos, que costumam trabalhar dentro das próprias unidades prisionais – por isso, ganharam o apelido de “faxina”.

Crimes

A prisão de Eike foi decretada após a delação dos irmãos e doleiros Renato Hasson Chebar e Marcelo Hasson, que contaram sobre o pagamento de US$ 16,5 milhões de propina ao ex-governador do Rio ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB).

Segundo a investigação, o pagamento da propina faz parte do esquema usado por Sérgio Cabral e outros investigados para ocultar mais de US$ 100 milhões remetidos ao exterior. Desse valor, repassado em ações da Vale, da Petrobras e da Ambev, apenas 10% já foi recuperado pelo Ministério Público Federal.

Ao decidir pela prisão preventiva de Eike e de mais oito pessoas, o juiz Marcelo Bretas argumentou que havia “a necessidade estancar imediatamente a atividade criminosa”.

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