Redação Pragmatismo
Notícias 24/Jul/2023 às 21:11 COMENTÁRIOS
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Homem que conhecia mandante do assassinato de Marielle foi executado em 2021

Publicado em 24 Jul, 2023 às 21h11

Macalé é um outro ex-PM envolvido no assassinato de Marielle Franco. Foi ele quem intermediou a contratação de Ronnie Lessa para matar a vereadora. Macalé era um arquivo vivo e foi executado enquanto caminhava no Rio, em 2021. Em delação premiada, o também ex-policial Élcio Queiroz relata que Lessa já havia tentado matar Marielle em 2017, mas fracassou

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Em cima: Ronnie Lessa e Élcio Queiroz. Em baixo: Suel e Macalé

Élcio Queiroz afirmou aos investigadores da Polícia Federal que o sargento da Polícia Militar Edimilson Oliveira da Silva (conhecido como Macalé) foi o responsável por apresentar o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco a Ronnie Lessa.

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As informações, que estão na delação premiada firmada por Élcio com a PF e o Ministério Público do Rio de Janeiro, foram reveladas pela TV Globo.

Macalé foi executado a tiros em 2021, na zona oeste do Rio de Janeiro. Já Ronnie Lessa e Élcio estão presos desde 2019 por envolvimento na execução de Marielle e seu motorista.

De acordo com a delação, o sargento da PM ainda teria ajudado Lessa a desvendar a rotina da vereadora, seguindo e monitorando Marielle meses antes do crime.

“Sim, da vigilância, o Edimilson Macalé esteve presente em todas, inclusive foi através do Edmilson que trouxe, vamos dizer, esse trabalho para eles. Essa missão para eles foi através do Macalé, que chegou até o Ronnie”, afirmou Élcio na colaboração.

O conteúdo da delação premiada foi divulgado nesta segunda-feira 24, após a PF deflagrar uma operação para prender o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, que também estaria envolvido no crime. Conhecido como Suel, ele teria feito campanas para vigiar a vereadora e participaria da emboscada, mas acabou sendo substituído.

De acordo com as investigações, o bombeiro também era o dono do carro usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de Ronnie Lessa e teria ajudado a jogar o armamento no mar.

Esta é a primeira operação desde o início de 2023, quando a PF assumiu a investigação dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.

Na delação, Élcio ainda confirmou que dirigiu o Cobalt prata usado no ataque e afirmou que Ronnie de fato fez os disparos com uma submetralhadora contra Marielle.

Lessa tentou matar Marielle em 2017

Em depoimento à PF, Élcio Queiroz disse que Ronnie Lessa tentou matar Marielle três meses antes da data quando o atentado ocorreu. Ele relatou que houve um plano frustrado de assassinar a vereadora ainda em 2017.

Marielle e o motorista Anderson Gomes foram mortos em 14 de março de 2018. O delator relatou que ele e o assassino estavam juntos na virada de ano de 2017 para 2018 e Ronnie, alcoolizado, contou que semanas antes havia tentado “pegar a mulher que estavam monitorando há alguns meses”.

Ronnie também contou que, na data da tentativa fracassada, ele estava acompanhado do ex-bombeiro Maxwell Corrêa e do policial Edmilson, o “Macalé”.

Na ocasião, a vereadora estava em um táxi, próximo ao bairro Estácio, e os três estavam em um carro. Maxwell dirigia o veículo que seria usado durante o atentado, Ronnie portava uma submetralhadora MP5 no banco de carona e Edmilson estava com uma AK47 no banco de trás. O plano era que o último criminoso usasse a arma para “segurar o trânsito se houvesse necessidade”.

O bombeiro Maxwell Simões Correa, o Suel, foi preso durante operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio Reprodução

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