Redação Pragmatismo
Mulheres violadas 20/Jun/2023 às 20:16 COMENTÁRIOS
Mulheres violadas

Instrutor da PM espancou policiais femininas com ripa de madeira em curso de capacitação

Publicado em 20 Jun, 2023 às 20h16

PM é investigado por agredir mulheres nas nádegas com ripa de madeira em curso de capacitação por causa de pedaço de pizza. Uma das policiais publicou desabafou: "Sim, essa sou eu, vítima de um macho escroto que se diz instrutor [...] e que mesmo após as agressões, é ovacionado pela corporação". Participavam do treinamento mulheres policiais do PR, MA, RN, PE e PI. O curso era ministrado no Ceará por PMs homens do Tocantins

curso PM nádegas
Mulher divulga marcas da violência sofrida em curso de capacitação da PM

Um policial militar do Tocantins foi retirado da função de instrutor do curso tático promovido pela Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp).

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O agressor, que não teve a identidade divulgada, foi denunciado por policiais femininas que participaram do curso. O afastamento do militar foi comunicado nesta terça-feira (20/6) pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS-CE).

As agressões acontecera em maio, mas só vieram a público agora. Uma policial teve coragem de publicar as imagens das nádegas com hematomas e questionou a ação do PM. Ela também comunicou que desistiu do curso.

“Sim, essa sou eu, vítima de um macho escroto que se diz instrutor de curso! Um cabo da polícia militar do Tocantins, que mesmo depois do ocorrido está sendo ovacionado pela instituição e por todos que participaram do curso. Curso tático feminino deveria, sim, ser direcionado apenas para mulheres”, relatou a vítima, que é PM no Maranhão.

De acordo com a vítima, o agressor alegou que um pedaço de sua pizza havia sumido e, por isso, puniu as mulheres as agredindo com uma ripa de madeira.

A proposta do curso era de treinamento em defesa pessoal, de técnicas operacionais policiais, de salvamento, entre outros procedimentos.

A Secretaria da Segurança Pública afirmou que tomou conhecimento da denúncia de agressão durante o curso e diz que abriu uma investigação para apurar o caso.

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O caso repercutiu nas redes e gerou indignação. “A masculinidade frágil dos hetero-machos militares morre de medo da presença feminina nas corporações: ou eles as espancam ou eles provocam a morte delas”, publicou uma internauta. “Olha só a formação dessa categoria”, lamentou outro usuário.

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