Redação Pragmatismo
Religião 24/Abr/2023 às 15:20 COMENTÁRIOS
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Igreja prega jejum para “conhecer Jesus Cristo” e mais de 50 morrem

Publicado em 24 Abr, 2023 às 15h20

Líder cristão pediu aos seus seguidores para jejuarem até morrer para “encontrar Jesus Cristo”. Até agora, 58 corpos foram encontrados

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(Imagem: Divulgação)

A Polícia do Quênia já encontrou 58 corpos de pessoas que foram identificadas como seguidoras do líder cristão Makenzie Nthenge, fundador da Igreja Internacional das Boas Novas. O homem incentivou os fiéis a realizarem um jejum até a morte “para conhecer Jesus Cristo”.

Nthenge foi preso há dez dias, mas seus seguidores seguem escondidos jejuando, segundo a polícia do país africano. Parte dos corpos já encontrados estava em uma vala comum em uma floresta onde o grupo costuma se reunir para realizar cultos.

Na semana passada, as autoridades inicialmente encontraram os corpos de quatro adeptos da igreja. Os investigadores chegaram à região após uma denúncia que apontava a existência de uma possível vala comum.

Uma mulher que se recusava a ingerir alimentos e com sinais de fraqueza foi encontrada no domingo (23). Ela foi então levada por autoridades a um hospital. Outros 11 fiéis, sete homens e quatro mulheres com idades entre 17 e 49 anos, foram hospitalizados na semana passada após também serem encontrados na floresta, conhecida como Shakahola.

Uma fonte policial afirmou que Nthenge iniciou uma greve de fome e que “está orando e jejuando” enquanto permanece preso. Segundo a imprensa local, seis pessoas que trabalhavam com Makenzie Nthenge também foram detidas.

Em um relatório, a polícia indicou que recebeu informações sobre várias pessoas “mortas de fome com o pretexto de conhecer Jesus depois que um suspeito, Makenzie Nthenge, pastor da Igreja Internacional das Boas Novas, fez nelas uma lavagem cerebral”.

De acordo com a mídia local, Makenzie Nthenge já havia sido detido e indiciado no mês passado depois que duas crianças da seita morreram de fome. No entanto, ele pagou uma fiança de 100.000 xelins quenianos (cerca de R$ 3,7 mil) e foi liberado.

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