Militar preso com cocaína em avião da FAB teve acesso a cartão corporativo da Presidência
Documento mostra que militar preso transportando 39kg de cocaína no avião presidencial aparece como um dos usuários do cartão corporativo de Jair Bolsonaro
![bolsonaro cocaína avião FAB](https://www.pragmatismopolitico.com.br/wp-content/uploads/2023/01/bolsonaro-aviao-fab.jpg)
Um dos cinco militares presos por tráfico internacional de drogas, em junho de 2019, pelo transporte de 39 kg de cocaína em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), o tenente-coronel Alexandre Augusto Piovesan pode ter utilizado o cartão corporativo da Presidência da República.
O voo que transportava cocaína conduzia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua comitiva para a reunião do G-20, no Japão. Os militares foram presos na Espanha, onde a aeronave fez uma escala.
A apuração é dos jornalistas Cleber Lourenço e Diego Feijó. Eles divulgaram em suas redes sociais um documento de 2019, assinado pelo então ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Floriano Peixoto Vieira Neto, com o nome das pessoas que teriam acesso ao cartão corporativo de Bolsonaro. A lista foi divulgada em resposta a um requerimento do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP).
Na relação de 32 nomes enviada pela Secretaria-Geral da Presidência aparece o nome de Alexandre Augusto Piovesan. Ao todo, 15 seriam militares, 7 ainda estão na ativa e 8 já foram para a reserva.
O tenente-coronel Alexandre Augusto Piovesan está preso na Espanha há mais de dois anos, onde cumpre prisão preventiva, aguardando o julgamento por tráfico internacional de drogas.
No dia 6 de janeiro deste ano, o governo federal tornou públicos os gastos de Jair Bolsonaro com o cartão corporativo. Inicialmente, foi divulgado que o ex-presidente gastou R$ 27,6 milhões entre 2019 e 2022. Porém, no Portal da Transparência do Governo Federal, essa quantia passa de R$ 75 milhões nesses quatro anos.
🔴OS MILITARES, CARTÃO CORPORATIVO E O FORÇA COCA 1 – O RETORNO!
Primeira parte da parceria com o @diegodeabreu.
A apuração foi feita com base numa requisição do @IvanValente que em 2019 buscou saber quais eram os servidores que tinham acesso ao cartão corporativo de Bolsonaro pic.twitter.com/QETbGFapd8
— Cleber SEM ANISTIA Lourenço (@ocolunista_) January 20, 2023