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Direita 13/Jan/2023 às 16:07 COMENTÁRIOS
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Empresário preso em ato golpista recebeu R$ 24 milhões em contratos com o governo federal

Publicado em 13 Jan, 2023 às 16h07

Entre os golpistas presos em Brasília (DF), está o empresário Jamildo Bomfim de Jesus, de 60 anos, dono da Edithal Locação de Mão de Obras Eireli, que já recebeu R$ 24 milhões em contratos com o governo federal

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Depredação do Palácio do Planalto (Imagem: Eraldo Peres | AP)

Entre os golpistas presos no domingo (8) e segunda-feira (9), em Brasília (DF), está o empresário Jamildo Bomfim de Jesus, de 60 anos, dono da Edithal Locação de Mão de Obras Eireli, que, desde 2014, recebeu R$ 24 milhões em contratos com o governo federal.

O nome de Jamildo Bomfim de Jesus está na relação de 277 presos que foi divulgada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap-DF), na manhã desta terça-feira (10).

O Brasil de Fato localizou 37 contratos assinados pela empresa com diversos órgãos do Executivo Federal. Os acordos com a empresa começaram a ser firmados em 2014 e, desde então, totalizam R$ 15,9 milhões. Cerca de R$ 8,3 milhões recebidos pela Edithal não estão associados a contratos disponibilizados na plataforma de transparência do governo federal.

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Durante o governo Bolsonaro, foram pelo menos 11 contratos assinados, todos entre 2020 e 2021, somando aproximadamente R$ 2 milhões. Dois deles foram firmados com o Ministério da Saúde e os outros onze com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Três contratos seguem em vigência, assinados pelo Departamento Penitenciário Nacional (MJSP) para penitenciárias nacionais em Mossoró (RN) e Campo Grande (MS). Os serviços oferecidos variam entre disponibilização de mão de obra de profissionais de limpeza, jardinagem, coparia e segurança.

Fundada em agosto de 2009 e com capital social de R$ 400 mil, a Edithal tem sede no Cruzeiro Velho, região administrativa de Brasília. Em seu perfil no Linkedin, Jamildo Bomfim de Jesus se apresenta como contador.

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Prisões

A Seap-DF não divulgou os crimes em que os 277 presos foram enquadrados. Sabe-se que foram detidos após uma tentativa de golpe de Estado no último domingo, orquestrada e executada por grupos bolsonaristas em Brasília.

Os golpistas invadiram a Praça dos Três Poderes e depredaram o Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). Além da estrutura física dos prédios, os bolsonaristas danificaram o mobiliário e obras de arte, além de terem furtado armas, computadores, celulares e outros equipamentos.

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Em nota divulgada nesta terça-feira (10), a Polícia Federal disse que dos 1.500 golpistas detidos no acampamento em frente ao quartel-general do Exército, 527 foram presos. Os demais foram soltos.

“Por questões humanitárias foram liberados 599 detidos, em geral idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhados de crianças”, informou o órgão.

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