Redação Pragmatismo
Mundo 17/Mar/2022 às 16:01 COMENTÁRIOS
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Neonazista fundador do Batalhão Azov morre na guerra da Ucrânia

Publicado em 17 Mar, 2022 às 16h01

Fundador do mais influente grupo neonazista da Ucrânia é morto em Mariupol, no Donbass. Informação foi confirmada pelo comandante do Batalhão Azov, Andriy Biletsky. Deputado de extrema-direita lamentou a perda

Nikolai Kravchenko batalhão azov
Nikolai Kravchenko, um dos fundadores do Batalhão Azov

Nikolai Kravchenko, fundador do Batalhão Azov, foi morto na última terça-feira (15) após um ataque russo em Mariupol, no Donbass. A informação foi confirmada pela mídia local e por Andriy Biletsky, comandante do grupo neonazista.

A morte de Nikolai Kravchenko foi lamentada nas redes pelo deputado de extrema direita Igor Mosijchuk. Além de ser considerado o ideólogo do Batalhão de Azov, Kravchenko foi também um dos criadores da organização nazista de Kharkiv “Patriotas da Ucrânia”.

O Batalhão Azov é a mais notória unidade nazista das forças ucranianas, integrando a Guarda Nacional do país. Foi fundado em 2014, ano em que o presidente eleito foi deposto por um golpe, apoiado e estimulado pelos Estados Unidos com prevalência de ideias supremacistas e anti-Rússia.

Quando a população de etnia russa residente na Ucrânia — sobretudo no leste do país — se levantou contra o golpe de 2014, os neonazistas foram lançados para abafar as críticas de maneira violenta. Um desses grupos assumiu o nome de Batalhão Azov, após a captura do maior porto do Mar de Azov, Mariupol. Ainda em 2014, grupos de direitos humanos denunciaram o Azov por tortura, estupro e crimes de guerra.

“Governantes ucranianos de extrema-direita que têm liderado o país desde 2014 alimentaram grupos neonazistas como o Batalhão Azov e o Pravy Sektor e os transformaram na Guarda Nacional Ucraniana de hoje”, disse a jornalista Lucia Helena Issa.

“Em outubro de 2018, poucos meses antes da eleição de Zelensky, eu estava em Moscou, como jornalista e embaixadora da paz, conhecendo e reportando, com imensa tristeza, os abrigos para centenas de meninas russas-ucranianas, de 13 a 18 anos obrigadas a se refugiar na capital russa para não morrerem e para tentarem recomeçar a vida após terem seus corpos e sonhos dilacerados por estupros em série, cometidos por milicianos neonazistas do Pravy Sektor e do Batalhão Azov”, acrescentou.

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