Redação Pragmatismo
Redes Sociais 11/Mar/2022 às 09:58 COMENTÁRIOS
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Facebook vai autorizar mensagens de violência contra russos; Kremlin reage

Publicado em 11 Mar, 2022 às 09h58

Serão permitidas, por exemplo, mensagens que defendam a morte do presidente Vladimir Putin. A postura reflete uma mudança da companhia em relação às suas próprias regras contra incitação de violência. Rússia diz que se isso se confirmar, o país vai banir todas as atividades da Meta (controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp)

guerra ucrânia
(AFP)

A Meta, a empresa que controla o Facebook e o Instagram, vai permitir que usuários das redes sociais em alguns países defendam atos de violência contra russos no contexto da guerra na Ucrânia, segundo emails internos vistos pela agência internacional Reuters nesta quinta-feira (11).

A companhia de mídia social também está temporariamente permitindo algumas mensagens que defendem a morte do presidente da Rússia, Vladimir Putin, ou do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, em países que incluem Rússia, Ucrânia e Polônia, segundo uma série de emails internos enviados aos moderadores de conteúdo da empresa.

As defesas de atos que levem à morte dos líderes serão permitidas desde que não contenham outros alvos ou outros indicadores de credibilidade como locais ou método, segundo um dos emails. A postura reflete uma mudança da companhia em relação às suas próprias regras contra incitação de violência.

Os emails afirmam que a defesa de atos de violência contra russos serão permitidas quando a mensagem esteja claramente falando sobre a invasão da Ucrânia e que isso não se aplica a prisioneiros de guerra.

A Meta não comentou o assunto até o momento. A mudança temporária na política da companhia vale para Letônia, Lituânia, Estônia, Eslováquia, Hungria, Romênia, Rússia e Ucrânia. Os emails também mostram que a Meta vai permitir elogios ao batalhão Azov, algo que normalmente é proibido.

A Rússia afirmou que vai terminar as atividades da Meta no país se as informações forem confirmadas. “Não queremos acreditar nessas informações, é muito difícil acreditar”, disse Dmitry Peskov, o porta-voz da Rússia.

“Torcemos para que não seja verdade, porque se for, isso significará que teremos as medidas mais decisivas para terminar com as atividades dessa empresa”, ele afirmou.

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