Redação Pragmatismo
Direita 08/Fev/2022 às 10:29 COMENTÁRIOS
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Monark comete crime ao vivo e defende existência de partido nazista no Brasil

Publicado em 08 Fev, 2022 às 10h29

Monark extrapolou em discussão com Tabata Amaral. O youtuber recebeu apoio de Kim Kataguiri, do MBL, que também fazia parte da bancada. “Privilégio branco é defender a existência do nazismo em uma plataforma com milhões de seguidores, não perder patrocinadores e não sair algemado dali”, comentou Teresa Cristina

monark tabata amaral

O apresentador Monark, do Flow Podcast, defendeu durante o programa na noite desta segunda-feira (7) a existência de um partido nazista no Brasil. Em conversa com os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (Podemos-SP), Monark começou dizendo que a “esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical” e, na sua opinião, “as duas tinham que ter espaço”.

“Eu sou mais louco do que vocês. Eu acho que tinha que ter partido nazista reconhecido pela lei”, afirmou. A deputada, então, o interrompe e lembra: “Liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca a vida do outro em risco. O nazismo é contra a população judaica. Isso coloca uma população inteira em risco.”

Monark insiste e diz que “se um cara quisesse ser anti-judeu, eu acho que ele tinha o direito de ser”. E pergunta: “Você vai matar quem é anti-judeu? […] Ele não está sendo anti-vida, ele não gosta dos ideais [dos judeus]”. Tabata Amaral explica que o judaísmo não é um sistema de ideais. “O judaísmo é uma identidade, uma religião, uma raça.”

Kim Kataguiri, do MBL, saiu em defesa de Monark durante a discussão e ajudou a reforçar a ideia de ‘vale tudo’ em defesa de uma suposta ‘liberdade de expressão’.

A declaração de Monark causou indignação e revolta nas redes sociais. Algumas entidades judaicas já se pronunciaram e afirmaram que “ideologias que visam a eliminação de outros têm que ser proibidas”.

A cantora Teresa Cristina disse que “privilégio branco é defender a existência do nazismo em uma plataforma com milhões de seguidores, não perder patrocinadores e não sair algemado dali.”

O deputado federal Alexandre Padilha afirmou que o posicionamento de Monark “é tão problemático que chega a ser difícil acreditar que alguém teve coragem de falar tamanho absurdo”.

A cientista política Nailah Neves lembrou que além de ser anti-judeu, o partido nazista também era anti-negro e anti-LGBT. “Ele simplesmente está fazendo uma apologia a um partido que pregaria a morte a mais da metade da população brasileira”, publicou ela.

O jornalista Guga Chacra também se posicionou. “Um imbecil este rapaz com podcast popular que defende a legalização do Partido Nazista no Brasil. Os nazistas mataram 6 milhões de judeus em escala industrial no Holocausto, além de centenas de milhares de romas (ciganos) no Porajmos.”

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