Redação Pragmatismo
Notícias 11/Fev/2022 às 09:17 COMENTÁRIOS
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Bonner ironiza Frias por gasto de dinheiro público em NY: "Por que não foi online?"

Publicado em 11 Fev, 2022 às 09h17

Mario Frias justificou que foi para uma reunião 'urgente' em Nova York com um lutador apoiador de Jair Bolsonaro. Na edição do JN, Bonner comentou: "Por que a reunião não foi online, como o planeta inteiro está fazendo na pandemia?". Viagem do secretário custou 13 vezes o teto da Rouanet a cachês de artistas

william bonner mario frias

O Jornal Nacional abordou na edição de quinta-feira (10) a viagem de Mario Frias para Nova York com dinheiro público. Segundo dados do Portal da Transparência, o secretário do governo Bolsonaro gastou R$ 39 mil para encontrar Renzo Gracie, um lutador de jiu-jitsu apoiador do atual presidente.

A viagem, considerada “urgente” pelo governo, aconteceu para que o secretário discutisse “um projeto cultural envolvendo produção audiovisual, cultura e esporte”. Renata Vasconcellos, do JN, destacou que não se sabe o motivo de tal urgência. “Nem por que a reunião não foi online, como o planeta inteiro começou a fazer na pandemia”, complementou Bonner.

Apesar de os valores estarem disponíveis no Portal de Transparência, que pertence ao governo federal, Frias criticou a “falta de ética” dos jornalistas e afirmou não ter gasto esse dinheiro todo na viagem.

Na última terça-feira (8), o governo oficializou o limite de cachês de artistas pela Lei Rouanet a R$ 3.000. Uma única viagem de Mario Frias, portanto, custou 13 vezes o teto da Rouanet aos cofres públicos.

​​​​Frias foi para os Estados Unidos acompanhado de seu secretário-adjunto, Hélio Ferraz de Oliveira, que gastou outros R$ 39 mil. Ao todo, a viagem dos dois saiu por cerca de R$ 78 mil, segundo o Portal da Transparência, ou seja, 26 vezes o teto da Rouanet. Deste montante, R$ 24 mil foram em diárias — R$ 12 mil para cada.

Renzo Gracie, estrela da luta internacional da família de mesmo nome, acaba de ser biografado pelo ex-secretário federal da Cultura, Roberto Alvim, demitido por fazer um vídeo em que faz apologia do nazismo.

No governo Lula, ministro caiu por compra de tapioca

Internautas lembraram os ‘pesos e medidas’ da grande mídia diante de incidentes provocados por governos. Na gestão Lula, qualquer fagulha desencadeava linchamentos virtuais na imprensa que só cessavam quando alguém tinha sua reputação completamente manchada.

Em 2008, o então ministro dos Esportes Orlando Silva caiu por conta de uma compra de tapioca a R$ 8,50 no cartão corporativo. O episódio motivou a aberta da CPI dos Cartões Corporativos.

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