Redação Pragmatismo
Economia 10/Ago/2021 às 12:30 COMENTÁRIOS
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Veja como as temperaturas podem impactar o preço dos alimentos

Publicado em 10 Ago, 2021 às 12h30

Prejuízos na produção diminuem a oferta de alimentos

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(Imagem: Photos_by_ginny | Pexels)

A passagem de uma massa polar, que está causando frio na maior parte do país, também pode esfriar o prato dos brasileiros. Isso irá ocorrer porque as geadas estão destruindo as plantações, ocasionando perdas e fazendo com que a demanda seja maior do que a oferta. Nesse cenário, a regra é clara: os preços sobem.

A questão é que os brasileiros já estavam sentindo a inflação no bolso, até mesmo de produtos básicos, como arroz e feijão. Apesar de ainda não ser possível mensurar o impacto das baixas temperaturas, é importante que o consumidor fique de olho no momento das compras!

Inverno surpreende brasileiros

Fazia tempo que o Brasil não sentia na pele os efeitos tão intensos do frio. Neste inverno, várias cidades do Sul e Sudeste registraram geada, sendo que em algumas a sensação térmica chegou a -25ºC.

O que explica as temperaturas tão baixas é o fenômeno La Niña – um evento natural que ocorre no Oceano Pacífico, resfriando as águas dele e alterando a distribuição de calor da Terra. Enquanto o Hemisfério Sul passa por ondas mais intensas de frio, como é o caso do Brasil, países como o Canadá vivem um verão de altas temperaturas.

Por ser um inverno atípico, os especialistas não sabem se as temperaturas voltarão a subir no próximo mês, quando a primavera chegar. Na verdade, existe a possibilidade de ainda haver geadas tardias até outubro.

Impacto do frio nas compras

Apesar de ter inverno todos os anos, poucas vezes ele é intenso no Brasil. A estação deste ano, por exemplo, surpreendeu, pois algumas cidades registraram temperaturas negativas e até geada.

Além de desagradar quem prefere os dias quentes, o frio intenso também não combina com a agricultura. Vários alimentos não resistem a esse clima, como café, milho e sofá.

Consequentemente, os produtores perdem boa parte da produção e repassam os prejuízos para os consumidores. Vale lembrar que o setor de alimentos foi um dos grandes responsáveis pelo aumento da inflação do último ano.

Nos últimos 12 meses, o índice geral de preços aumentou em 4,52%, sendo que 2,73% foi apenas do segmento alimentício. Este ano, a inflação no prato do brasileiro tinha desacelerado, porém, o fator clima pode voltar a encarecer as compras.

Diante disso, as únicas saídas que os consumidores têm são fazer trocas conscientes e analisar os preços. Por exemplo: se ao fazer compras para uma salada a cenoura estiver mais barata do que o tomate, é preferível levar o primeiro legume. Pode até não parecer, mas pequenas mudanças têm impacto positivo no orçamento.

Sem contar que a internet pode ser uma aliada da comparação de preços. De grandes varejistas como Extra e Carrefour até mercados mais locais como o Veran Supermercados disponibilizam folhetos on-line. No Veran, o consumidor pode consultar preços de arroz, carne, legumes e frutas sem sair de casa.

Dessa forma, o público pode aproveitar melhor o tempo e descobrir onde está mais barato antes de ir para as compras. Além do mais, é mais fácil de comprar no momento da oferta, já que os panfletos digitais informam até quando é válida uma promoção.

Enquanto as temperaturas não aumentam para derreter um pouco os preços — ou fazê-los parar de subir — a solução é buscar alternativas para enfrentar a inflação!

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