Redação Pragmatismo
Corrupção 30/Jun/2021 às 21:13 COMENTÁRIOS
Corrupção

Post de Bolsonaro após denúncia de propina mostra que ele vive realidade paralela

Publicado em 30 Jun, 2021 às 21h13

Primeiro post de Bolsonaro nas redes após denúncia de propina na vacina mostra que o presidente se esforça para transmitir a seus seguidores uma realidade paralela

bolsonaro voto impresso

Maurício Thomaz, Catraca Livre

Uma das maiores provas de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vive em uma realidade paralela à do próprio país que governa é o seu Twitter. Mesmo após a denúncia revelada pela Folha de S. Paulo de que o seu governo ofereceu propina na compra de vacinas contra a Covid-19, Bolsonaro usou sua rede social para tirar a atenção dos seus eleitores sobre o caso.

Em vez de comentar ou se defender sobre possível crime que visou superfaturar vacinas a 1 dólar cada para enriquecimento ilícito, Bolsonaro decidiu fazer propaganda do voto impresso, uma de suas principais bandeiras para as eleições do ano que vem.

O presidente também não repercutiu a informação de que seu governo pagou cerca de R$ 268 mil a jornalistas e artistas para que falassem bem dele na TV, nos jornais e nas redes sociais. Luciana Gimenez, Sikêra Jr., Nelson Rubens e Luís Ernesto Lacombe foram alguns dos que faturaram na chamada ‘mamata de Bolsonaro’.

Em queda em todas as pesquisas de opinião, o presidente brasileiro parece ter como principal objetivo tumultuar a eleição do ano que vem. O voto impresso, defendido por ele, estava em vigor tanto nos EUA como no Peru. Nos dois casos, os candidatos da direita saíram derrotados, contestaram os pleitos e tentaram permanecer no poder através de golpe.

‘Mamatão’

Apresentadores de TV e jornalistas que falam bem do atual governo receberam R$ 268 mil de dinheiro público. Os dados foram divulgados pela Folha de S.Paulo.

Sikêra Jr. recebeu R$ 120 mil, como revelou o Pragmatismo dias atrás. Tino Júnior, do Balanço Geral RJ, ficou com R$ 45,7 mil. Lacombe embolsou R$ 20 mil e Luciana Gimenez R$ 51 mil.

Outros cinco apresentadores beneficiados pelos repasses de recursos públicos comandam programas policiais da Record TV. O dinheiro público foi usado em campanhas para divulgação da reforma da Previdência, de 2019, tratamento precoce contra a Covid, combate ao aedes aegypti, violência contra a mulher e cédula de R$ 200, entre outras iniciativas.

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