Saúde

“Variante varrerá o mundo e luta contra covid-19 pode levar 10 anos”, diz cientista britânica

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“Variante varrerá o mundo e a luta contra covid-19 pode levar 10 anos”, diz chefe do programa de vigilância genética do Reino Unido

Sharon Peacock (Imagem: reprodução)

A chefe do programa de vigilância genética do Reino Unido, Sharon Peacock, disse em entrevista à BBC, nesta quinta-feira (11/2), que a variante do novo coronavírus encontrada pela primeira vez no Reino Unido dominará o país e “com toda probabilidade, vai varrer o mundo”.

A variante B.1.1.7 do novo coronavírus preocupa as autoridades de saúde pelo seu alto poder de transmissão. Ela já foi encontrada em mais de 50 países e especialistas acreditam que ela esteja passando por novas mutações, o que pode ameaçar a vacinação.

O que é preocupante sobre isso é que a B.1.1.7., variante que temos circulando por algumas semanas e meses, está começando a sofrer alterações novamente e obter novas mutações que podem afetar a maneira como lidamos com o vírus em termos de imunidade e eficácia das vacinas”, disse a diretora executiva e presidente do consórcio Covid-19 Genomics UK (COG-UK, na sigla em inglês).

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De acordo com a agência de notícias Reuters, a mutação mais recente foi identificada em Bristol, no sudoeste da Inglaterra. Até o momento, 21 casos de Covid-19 foram relacionados a ela. A variante tem a mutação E484K na proteína spike – responsável por fazer a ligação do vírus com as células humanas –, a mesma relacionada às variantes do Brasil e da África do Sul.

É preciso ser realista quanto ao fato de que essa mutação específica surgiu em nosso tipo de linhagem agora, pelo menos cinco vezes – cinco vezes diferentes. E isso vai continuar aparecendo”, acrescentou Peacock.

A cientista disse ainda que o trabalho de sequenciamento genético do vírus para identificar novas mutações até que ele seja controlado deve se estender pela próxima década.

Acho que, olhando para o futuro, faremos isso por anos. Ainda faremos isso daqui dez anos, na minha opinião”, completou.

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Bethânia Nunes, Metropoles

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