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Religião 22/Fev/2021 às 11:01 COMENTÁRIOS
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Áudio vazado mostra Padre Robson pedindo morte de desafeto: “Seria uma benção”

Publicado em 22 Fev, 2021 às 11h01

Caso Padre Robson tem reviravolta após vazamento de áudios comprometedores. Segundo os investigadores, todas as conversas passaram por perícia técnica que confirmou a veracidade das mensagens

padre robson áudio
Padre Robson Oliveira fundou a Afipe — Foto: Reprodução/Instagram

Mensagens de áudio apreendidas no celular do padre Robson de Oliveira, da Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), foram divulgadas no domingo, 21, no programa ‘Fantástico’, da Rede Globo.

Nas mensagens, o padre participa de negociações suspeitas e até sugere o assassinato de um desafeto. “Se você pudesse matar ele pra mim, eu achava uma bênção”, diz o padre.

A reportagem lembra que todas as conversas passaram por perícia técnica e ficou comprovado que era o padre Robson falando, segundo os investigadores. O material foi apreendido pelo Ministério Público em uma operação no ano passado.

A defesa do padre garante que as gravações são “frutos de montagens e adulterações feitas por pessoas inescrupulosas” e lembra que o religioso tem sido vítima de extorsão.

As investigações do Ministério Público de Goiás acerca do envolvimento do padre Robson de Oliveira Pereira no desvio de R$ 120 milhões culminaram com a Operação Vendilhões, realizada em 21 de setembro.

No dia seguinte, o religioso se afastou da presidência da Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro (Afipe), ligada à Basílica do Divino pai Eterno, de Trindade.

O valor teria sido usado, segundo o MP, para aquisição de imóveis, entre os quais uma fazenda de R$ 6 milhões na cidade goiana de Abadiânia, e de uma casa de praia, no valor de R$ 3 milhões, em Guarajuba (BA).

A investigação teve início em 2018, quando padre Robson foi vítima de extorsão e teria pago cerca de R$ 2 milhões para não ter vídeos expostos na internet.

O ‘Fantástico’ mostrou que existe uma rede de corrupção e crime em torno do padre Robson, incluindo desembargadores e a delegada Renata Vieira, além de funcionários da Afipe.

Segundo o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, é possível ver com clareza “obstrução de Justiça, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo ele, é a “ação de uma quadrilha que se apoderou de uma igreja”.

Agência Estado

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