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Mulheres violadas 18/Nov/2020 às 15:31 COMENTÁRIOS
Mulheres violadas

Condenado a 108 anos, mentor do estupro coletivo em Queimadas foge de presídio

Publicado em 18 Nov, 2020 às 15h31

Condenado a 108 anos de prisão, mentor do caso que ficou nacionalmente conhecido como "Barbárie de Queimadas" foge de penitenciária de segurança máxima. Irmã de uma das vítimas recebeu a notícia com desespero

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Eduardo dos Santos Pereira (Imagem: Francisco França/Jornal da Paraíba)

Mentor da ‘Barbárie de Queimadas’, Eduardo dos Santos Pereira fugiu da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes de João Pessoa, conhecida como PB1, na noite desta terça-feira (17).

Eduardo foi condenado em 2014 a 108 anos de prisão pelo estupro coletivo que resultou na morte de duas mulheres. O crime aconteceu em 2012 e foi amplamente noticiado no Pragmatismo Político.

O preso fugiu entre 19h e 20h pela porta lateral que dá acesso ao almoxarifado. Os quatro policiais penais que faziam a segurança do setor foram encaminhados à Central de Polícia para prestar esclarecimentos.

O delegado geral da Polícia Civil, Isaías Gualberto, afirmou que um deles foi autuado por facilitação culposa e, em seguida, liberado. De acordo com a Polícia Civil, a facilitação culposa “é porque ele [o policial] não teve a intenção, não foi uma ação planejada, mas como estava de serviço deveria ter sido mais atento”.

Segundo o portal G1 , a irmã de uma das vítimas afirmou que o sentimento com a fuga é de impunidade e que não esperava que isso um dia pudesse acontecer. “Isso coloca a gente em risco, a mercê desse criminoso”.

Relembre o caso

Em fevereiro de 2012, cinco mulheres foram atraídas para uma casa e estupradas durante uma festa de aniversário e duas delas — Isabella Pajuçara e Michelle Domingos — foram assassinadas porque teriam reconhecido os agressores.

O crime foi minucio­samente planejado por 10 homens na cidade de Queimadas, interior da Paraíba. O objetivo era ‘presentear’ o aniversariante Luciano dos Santos Pe­reira. Eduardo, mentor do crime, é irmão de Luciano.

As mulheres estavam na festa de aniversário na casa de Luciano quando os homens chegaram no local encapuzados. Eles amarraram todas elas, vedaram seus olhos e as estupraram repetidas vezes.

“Eles estavam encapuzados, no entanto, no momento do crime, elas reconheceram os acusados como sendo membros da família que promovia a festa. Tudo foi planejado. Os criminosos agiram sem pena. Tudo foi praticado por pura maldade. As duas mulheres mortas não eram o alvo inicial. A princípio eles queriam Pricila e Isabele”, comentou a delegada do caso, na época.

“O objetivo inicial da ação era o estupro, mas como a situação saiu do controle, duas mulheres tiveram as vidas ceifadas”, completou.

Eduardo Santos foi o último dos envolvidos no crime a ser julgado. Outros seis homens também foram condenados e três adolescentes foram sentenciados a cumprirem medidas socioeducativas.

Vítimas fatais do estupro coletivo de Queimadas (PB)

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