Redação Pragmatismo
Economia 30/Jul/2020 às 17:36 COMENTÁRIOS
Economia

"Ph.D em Business", Samy Dana vira piada após comentário sobre cédula de R$ 200

Publicado em 30 Jul, 2020 às 17h36

Comentarista da Jovem Pan, Samy Dana vira piada após fazer comentário patético para tentar defender a criação da cédula de R$ 200

Samy Dana
Samy Dana

Nas redes sociais, Samy Dana estampa em seus perfis que é “Ph.D em Business”. O economista já trabalhou na GloboNews e hoje faz parte da equipe da Jovem Pan, onde costuma defender o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Nesta quinta-feira (30), Samy Dana virou motivo de chacota nas redes sociais após tentar defender a criação da cédula de R$ 200.

“Se precisa pagar uma conta de duzentos reais, hoje precisa de duas notas de cem, quatro de cinquenta, dez de vinte, vinte de dez, quarenta de cinco ou até cem notas de dois reais entre outras combinações. Com uma única nota de duzentos, poderá substituir todas essas operações”, escreveu Samy no Twitter.

Não demorou muito para os internautas levarem o nome do economista aos trending topics do Twitter. Um dos posts sugere a criação de uma nota de 99 centavos.

“Caramba, ainda bem que você me falou. Eu tava na fila da lotérica para pagar uma conta de duzentos reais com sete notas de cinquenta. Obrigado por iluminar nós iletrados”, ironizou outro.

Samy Dana justificou o seu raciocínio afirmando que “em dois mil e dezoito, uma pesquisa do Banco Central mostrou que sessenta por cento da população usa o dinheiro nos pagamentos”.

Meses atrás, o mesmo Samy Dana publicou um estudo que cravava que o coronavírus chegaria ao fim no Brasil no mês de junho. A realidade, porém, é que o País se tornou o epicentro global da pandemia, está entrando em agosto com mais de 90 mil óbitos e continua registrando uma média de mais de mil mortos por dia.

Samy Dana “prevendo” o fim da pandemia:

Sobre a cédula de R$ 200, o jornalista Moisés Mendes publicou a seguinte nota:

A pergunta de quem tem e de quem não tem dinheiro é esta: qual é objetivo do Banco Central ao lançar uma cédula de R$ 200 agora, se parece algo completamente sem sentido e inútil?

Meu amigo José Paulo Kupfer, analista de economia do UOL, escreveu sobre o anúncio misterioso da nova cédula e abordou uma das dúvidas que surgem. A nota de R$ 200 não vai facilitar a vida das quadrilhas de lavagem de dinheiro?

E aí, a partir da questão levantada pelo Kupfer, pensei o seguinte, sempre tentando dar sentido prático a coisas aparentemente esdrúxulas.

E foi nisso que pensei e ofereço como exemplo. Geddel Vieira Lima guardava R$ 51 milhões em dinheiro vivo em oito malas e seis caixas de papelão num apartamento em Salvador.

Claro que quase todas as notas eram de R$ 100. Com a nova cédula, Geddel precisaria apenas de quatro malas e três caixas de papelão para guardar o roubo. Parece pouco, mas já é uma economia.

É provável também que a cédula de R$ 200 facilitasse a vida do pessoal das rachadinhas, reduzindo à metade o volume de dinheiro nos envelopes que entregavam ao Queiroz.

Mas as rachadinhas e as malas de Geddel são do passado. O dinheiro novo do Banco Central da Era Bolsonaro é para o futuro.

Tentem pensar em vantagens para o povo. O auxílio emergencial seria pago com apenas três notas. Mas qual seria o benefício?

Tudo que acontece nesse governo é perturbador e suspeito. Mesmo que digam que o BC tem autonomia para imprimir e rasgar dinheiro, em tempos normais esse dinheiro seria impresso assim, sem explicação?

Quem precisa de R$ 200 numa hora dessas? O povo está cada vez mais pobre, catando moedas, desempregado e em completo desalento, e eles criam uma cédula mais ‘forte’, como se o brasileiro estivesse ficando rico.

Pra quem é essa cédula de R$ 200, que ficará marcada como o dinheiro da pandemia? O que há por trás dessa história da nota com a figura do lobo-guará, sempre ameaçado de extinção, se o que esse governo mais faz é destruir o meio ambiente, os bichos e os povos da floresta?

Jair Bolsonaro pode ter feito a encomenda ao BC para ficar na História como o sujeito que, apesar de valer uma cédula de R$ 3, criou o dinheiro mais valioso do Brasil. É o que pode estar na cabeça dele.

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