Redação Pragmatismo
Meio Ambiente 14/Abr/2020 às 23:29 COMENTÁRIOS
Meio Ambiente

Bolsonaro demite diretor do Ibama após operação contra garimpeiros ilegais

Publicado em 14 Abr, 2020 às 23h29

Jair Bolsonaro exonera diretor de Proteção Ambiental do Ibama após megaoperação para tirar garimpeiros ilegais de terras indígenas e evitar alastramento do coronavírus

Ibama coronavírus Bolsonaro
Operação do Ibama (divulgação)

O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitiu nesta segunda-feira (13) o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Olivaldi Alves Borges de Azevedo.

A demissão aconteceu após o programa Fantástico, da TV Globo, exibir uma reportagem sobre uma operação de combate ao garimpo ilegal em terras indígenas para conter a propagação do coronavírus. A ação foi coordenada pelo órgão ambiental, especificamente pela diretoria de Olivaldi.

Fontes do Ministério do Meio Ambiente informaram que a demissão tem relação com a veiculação da reportagem e foi uma determinação do presidente Jair Bolsonaro ao ministro Ricardo Salles. A principal motivação do pedido teria sido o fato de os agentes terem queimado tratores e outros equipamentos usados no garimpo ilegal.

Em novembro do ano passado, o presidente prometeu a garimpeiros, em frente ao Palácio da Alvorada, que proibiria a queima de maquinário ilegal apreendido em ações de fiscalização.

Olivaldi é major da Polícia de São Paulo e está longe de se encaixar no perfil que Bolsonaro e seus aliados costuma chamar de ambientalista xiita. Ele foi nomeado para o cargo pelo próprio Ricardo Salles, em janeiro de 2019.

Contaminação por coronavírus

A ação do Ibama foi realizada em três terras indígenas no sul do Pará, onde vivem cerca de 1.700 índios. O que ensejou a ação do poder público foi o fato de as invasões de terras indígenas terem aumentado desde o início da pandemia de covid-19.

Como a doença oferece riscos ainda maiores às populações indígenas, o Ibama agiu para impedir o contato dos garimpeiros com os índios. Antes da operação, os fiscais cumpriram 14 dias de quarentena preventiva.

as informações são do Congresso em Foco

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