Redação Pragmatismo
Governo 15/Mar/2019 às 13:20 COMENTÁRIOS
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Na ONU, embaixadora do Brasil protagoniza barraco com Jean Wyllys

Publicado em 15 Mar, 2019 às 13h20

Embaixadora do Brasil promove barraco na ONU ao se recusar a ouvir resposta de Jean Wyllys nesta sexta-feira em Genebra, na Suíça

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Maria Nazareth Farani Azevedo, embaixadora do Brasil protagoniza barraco com Jean Wyllys

A embaixadora do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Maria Nazareth Farani Azevedo, protagonizou um bate boca com o ex-deputado federal Jean Wyllys, nesta sexta-feira (15), em Genebra, na Suíça.

De acordo com o jornalista do UOL Jamil Chade, que gravou o momento e divulgou em seu Twitter, a discussão começou após um discurso do ativista, que foi convidado para falar sobre populismo.

Segundo o jornalista, o ex-deputado explicou que Bolsonaro ganhou com uma campanha baseada na disseminação de fake news e no discurso de ódio.

A embaixadora, então, pediu a palavra e começou a atacar as falas do ativista — que deixou o Brasil por conta de ameaças.

No vídeo, a representante do Brasil aparece se levantando para sair, quando um dos membros estrangeiros questiona: “a senhora não quer ouvir a resposta dele?”. Ela rebateu: “só se eu tiver direito de responder de novo”.

Em meio a risadas dos membros da comissão, que ouviam Wyllys, alguns participantes a alertaram de que não é dessa forma que funciona.

Nesse momento, o ex-deputado toma o microfone e começa a falar sobre as atitudes do governo de Jair Bolsonaro.

Se a senhora quisesse um debate, ouviria minha resposta. Minha presença amedronta a senhora e seu governo, que não tem compromisso com a democracia, sobretudo em um momento em que a imprensa revela ligações entre organizações criminosas, os assassinos de Marielle Franco e a família do presidente da República”, dispara o ativista.

A embaixadora interrompe as falas de Wyllys diversas vezes enquanto ele pedia para que ela “respeitasse a democracia”. Nesse momento, ela levanta e deixa a sala.

O jornalista que gravou o momento afirmou que, nos corredores da ONU, há um movimento para considerar o gesto da diplomacia brasileira como um assédio contra defensores de direitos humanos.

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