Redação Pragmatismo
Justiça 25/Fev/2019 às 07:34 COMENTÁRIOS
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Primo de Rosângela Moro age contra a vigília Lula Livre

Publicado em 25 Fev, 2019 às 07h34

Desembargador Fernando Paulino da Silva Wolff Filho restringe manifestações e reuniões no entorno da vigília Lula Livre. Ele é primo de Rosângela Moro, esposa do ministro Sergio Moro

Primo de Rosângela Moro age contra a vigília Lula Livre
Fernando Paulino da Silva Wolff Filho

Cida de Oliveira, RBA

O desembargador Fernando Paulino da Silva Wolff Filho, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que restringiu manifestações e reuniões no entorno da vigília Lula Livre, que ocorrem em terreno particular, é primo de Rosângela Wolff Moro. A advogada é casada com o ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro (PSL), o ex-juiz federal de primeira instância Sérgio Moro.

Assim como o marido, que tem um desembargador no Tribunal de Justiça do Paraná – Hildebrando Moro, primo do sogro – Rosângela Maria Wolff de Quadros Moro também tem um desembargador na família.

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De acordo com o professor associado do Departamento de Sociologia e do Programa de pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Ricardo Costa de Oliveira, a procuradora da Federação das Apaes do Estado do Paraná descende da grande família política Macedo.

Em sua pesquisa sobre genealogias políticas do Judiciário (clique aqui para acessar), ele aponta que Rosângela é prima dos desembargadores Haroldo Bernardo da Silva Wolff e Fernando Paulino da Silva Wolff Filho.

Entre outros de seus primos estão o empresário Luiz Fernando Wolff de Carvalho, da Triunfo e Econorte, construtora e do ramo de pedágios. É prima distante de Rafael Greca de Macedo e de Beto Richa.

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A importância da família Macedo está presente no empresariado, na história da Associação Comercial do Paraná, nos inúmeros desembargadores e presidentes do Tribunal de Justiça (muitas vezes referidos como a poderosa “macedônia”), na universidade, na prefeitura e em várias outras instituições“, aponta Oliveira.

Manutenção

A coordenação da Vigília Lula Livre informa que a decisão restritiva do desembargador não afeta o movimento, que segue no mesmo local de sempre – um terreno privado –, “na luta pela democracia, pela liberdade e em solidariedade ao presidente Lula“.

O movimento mantém ainda um canal na internet para receber contribuições de apoiadores do ex-presidente. Leia abaixo nota emitida pelos organizadores, a respeito da decisão do desembargador Wolf Filho.

Leia íntegra da nota da Vigília Lula Livre

Sobre a decisão do desembargador Fernando Paulino da Silva Wolff Filho, do Tribunal de Justiça do Paraná, emitida nesta quinta-feira (21) a coordenação da Vigília Lula Livre afirma que:

1. Estamos há 322 dias em resistência pela liberdade de Lula, por um julgamento justo que não se configure como prisão política, contra as arbitrariedades que tiveram como objetivo apenas excluí-lo do processo eleitoral e da vida política nacional, como forma de impedir um projeto de desenvolvimento e inclusão social para o país.
Como já dissemos anteriormente, daqui sairemos apenas com Lula Livre!

2. O documento do desembargador na realidade reconhece a legitimidade da Vigília Lula Livre, uma vez que hoje todas as nossas atividades atuais – atividades culturais, o bom dia, boa tarde e boa noite presidente Lula -, são realizadas em espaço particular e não em vias públicas. Portanto, ao contrário do que foi noticiado em alguns veículos, nossa vigília mantém suas atividades normalmente.

3. Seguimos agradecendo a todas e todos que contribuem e apoiam nossa luta. E convidamos os cidadãos e cidadãs sérios, comprometidos com a luta democrática, a tomar parte na campanha nacional e internacional Lula Livre.”

Vigília Lula Livre
Rua Sandália Monzon, 164
Bairro Santa Cândida – Curitiba (PR)

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