Redação Pragmatismo
Eleições 2018 13/Set/2018 às 14:34 COMENTÁRIOS
Eleições 2018

Cabo eleitoral de Bolsonaro é preso por integrar quadrilha de agiotas

Publicado em 13 Set, 2018 às 14h34

PM aliado de Bolsonaro é preso pela Draco. Filho de Bolsonaro chegou a gravar vídeo pedindo votos para o irmão do detido. Nas redes sociais, homem exaltava a ditadura militar

Gláuber Poubel bolsonaro agiota
Gláuber Poubel (esq)

O policial militar Gláuber Poubel foi preso na última semana por agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (DRACO/IE).

Gláuber foi alvo da operação “Anatocismo”, que prendeu pessoas no Rio de Janeiro e em São Gonçalo, região metropolitana. O homem é acusado de pertencer a uma quadrilha de agiotas.

O filho de Jair Bolsonaro chegou a gravar um vídeo pedindo votos para o irmão de Gláuber e convocando para um ato de campanha. Assista:

Nas ruas, o policial era militante político e fazia campanha para Jair Bolsonaro (PSL). O irmão de Gláuber é vereador em Maricá e candidato a deputado estadual pelo PSL.

Segundo informações do jornal O Globo, Gláuber também era cabo eleitoral do candidato a governador Romário (Podemos).

A operação “Anatocismo” recebeu o apoio da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) e da Polícia Judiciária da Força Nacional.

O objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa, responsável pela prática de empréstimos a juros abusivos e extorsões. Centenas de planilhas foram apreendidas, além de telefones celulares com chamadas referentes aos empréstimos, computadores e documentos variados.

A quadrilha era formada por três núcleos principais: o primeiro realizava diretamente os empréstimos.

O segundo atuava na cobrança, inicialmente através de ligações telefônicas, em que os integrantes se apresentavam como “agiotas”. Eram utilizados vários nomes: Dr. França, Dr. Valadares, Dr. Maurício, Dr. Willian, Dr. Teodoro, Dr. Matias, Dr. Carlos, Dr. Gustavo, Dr. Rodrigo Nogueira entre outros.

Já o terceiro núcleo era formado pelos responsáveis pelos saques em caixas eletrônicos e bancos, nas contas-correntes de pessoas que sofreram a extorsão.

“Centenas de pessoas, em vários municípios do estado, foram vítimas dessa organização criminosa. Alguns dos agiotas se identificavam como Inspetores de polícia e policiais civis lotados na Corregedoria. Com a prisão desses integrantes, acreditamos que outras vítimas procurem a polícia”, afirma o delegado Alexandre Herdy.

Além de cobrarem valores abusivos e juros sobre juros, os investigados intimidavam as vítimas (ex-clientes), seus familiares e amigos próximos, ameaçando colocar os “cobradores de rua” para ir às residências retirarem pertences para quitação dos valores devidos.

Policiais presos

No início do mês, outros policiais militares muito próximos a Jair Bolsonaro foram presos na Operação Quarto Elemento, comandada pelo Ministério Público (relembre aqui).

Os irmãos gêmeos PMs Alan e Alex Rodrigues de Oliveira participavam ativamente da campanha do filho de Jair Bolsonaro. Há imagens dos detidos em confraternizações com a família Bolsonaro.

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