Redação Pragmatismo
Educação 12/Jun/2018 às 16:38 COMENTÁRIOS
Educação

Professor universitário é afastado após sacar arma para estudante

Publicado em 12 Jun, 2018 às 16h38

Faculdade afasta professor de Direito Penal que sacou arma de fogo para um estudante. A instituição informou que o docente é policial aposentado

professor saca arma para estudante
Faculdade Zumbi dos Palmares

Um professor de Direito Penal da Faculdade Zumbi dos Palmares, em São Paulo, sacou uma arma de fogo para um estudante que estaria fumando maconha nos arredores da instituição na última quarta-feira.

Policial militar aposentado, o docente foi temporariamente afastado. A abordagem ocorreu no intervalo entre as aulas, durante o período noturno. O professor teria pedido a um grupo de jovens que “deixassem de usar drogas”.

Na versão apresentada à instituição, o professor alegou que se sentiu ameaçado pelo grupo e, por isso, sacou a arma para se defender. Um aluno foi levado à diretoria pelo docente.

De acordo com uma testemunha, o professor afirmou que o aluno serviria de “exemplo” para a instituição de ensino. No dia seguinte à abordagem, a faculdade abriu uma sindicância interna para apurar os fatos. E, na sexta-feira, informou, em nota, o afastamento preliminar do professor.

José Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, afirma que o próprio professor pediu para ser afastado. “Ele foi preventivamente afastado para tratarmos com isenção o caso e preservar a integridade moral dele e dos alunos. O trânsito dele provocaria um desconforto para todos”, explicou o reitor.

“A atitude do professor está dentro do contexto dos fatos fora da faculdade. Não tem a ver com os valores acadêmicos. As condutas, seja de usar drogas ou reagir a isso, não são condutas que a instituição recepciona”, disse.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) Dandara dos Palmares repudiou a ação do professor, caracterizada como “traumática” e “abuso de poder”. “Ressaltamos a importância de medidas preventivas e reparativas”, disse.

Segundo José Vicente, as aulas seguem normalmente. Estudantes, no entanto, relatam que têm sofrido ameaças após o episódio. Uma nova sindicância foi aberta para analisar os relatos.

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