Redação Pragmatismo
Barbárie 23/Mai/2018 às 18:02 COMENTÁRIOS
Barbárie

Pastor evangélico estupra filho e enteado antes de matá-los

Publicado em 23 Mai, 2018 às 18h02

Perícia revela que pastor evangélico estuprou o filho de 3 anos e o enteado de 6 antes de matá-los no Espírito Santo. Os meninos foram queimados vivos

pastor George Alves
O pastor George Alves, a esposa e os filhos. A mulher não teve participação no crime

O pastor evangélico George Alves, da Igreja Batista Vida e Paz, assassinou o próprio filho, de 3 anos, e o enteado, de 6. A informação, baseada em laudos periciais, foi confirmada pela Polícia Civil do Espírito Santo nesta quarta-feira (23).

A perícia revelou ainda que George Alves estuprou os meninos antes de matá-los de maneira cruel: eles foram queimados vivos.

O crime aconteceu no mês passado, em 21 de abril, na cidade de Linhares, no Espírito Santo. A princípio, o pastor George Alves, que estava sozinho em casa com os meninos, disse que eles morreram em um incêndio que atingiu apenas o quarto onde as vítimas dormiam.

O pastor chorou na primeira entrevista que concedeu à imprensa. George disse que tentou salvar os meninos, mas a polícia identificou inconsistências em sua fala.

Menos de 24 horas depois da morte de Joaquim Alves Salles e Kauã Salles Butkovsky, câmeras de segurança flagraram o pastor George e a mãe dos meninos em uma lanchonete. Ambos aparentavam normalidade.

De acordo com o inquérito, a mãe não teve participação no crime e não será investigada. No dia do crime, Juliana Salles estava em um congresso em Minas Gerais com o filho mais novo do casal.

George Alves está preso desde o dia 28 de abril. A polícia afirma que ele alterou o local do crime e fez contato com testemunhas. Ele foi indiciado por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulneráveis. A soma máxima das penas pode chegar a 126 anos.

Delegado descreve assassinatos

“Naquela madrugada, o investigado, inicialmente, molestou as duas crianças, tanto o filho biológico Joaquim quanto o enteado Kauã, mantendo um ato libidinoso”, disse o delegado André Jaretta.

“Com as duas vítimas ainda vivas, porém desacordadas, o investigado as levou até o quarto, as colocou na cama e ateou fogo nas crianças, fazendo com que elas fossem mortas com o calor do fogo”, explicou Jaretta.

“Isso tudo é comprovado pelo exame pericial. As crianças continham fuligem na traqueia e o exame demonstrou que elas ainda respiravam quando começou o incêndio”, concluiu o delegado.

Pastor fez culto evangélico depois do crime

A polícia ainda não desconfiava de George Alves e não tinha elementos para incriminá-lo nos instantes que sucederam o crime. Apenas um dia depois dos assassinatos, como se nada tivesse acontecido, o pastor realizou um culto em sua igreja.

Durante o ato religioso, George contou, no microfone, diante de dezenas de fiéis, uma versão mentirosa do que havia acontecido naquela madrugada. O pastor alegou que houve um incêndio acidental e ele tentou salvar os meninos.

“Quero agradecer a todos a solidariedade e as orações. Quero dizer que só há um caminho e esse caminho não acaba na cruz, mas na ressurreição. Não há nada que me faça parar agora, entrar num quarto, entrar em depressão porque eu creio que há um senso de urgência: o mundo precisa de Deus. Não há uma resposta para o mundo, se não for Deus”, bradou.

Ainda sem saber que George era o autor do crime, alguns jornais religiosos louvaram a sua atitude de ministrar um evento religioso após a morte das crianças: “Mesmo depois da dor de perder os filhos, o pastor continuou testemunhando o amor de Deus às pessoas (sic)”, publicou um veículo de notícias gospel.

Imagens do pastor George Alves:

Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook

Recomendações

COMENTÁRIOS