Redação Pragmatismo
Barbárie 05/Mar/2018 às 15:00 COMENTÁRIOS
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Mulher fã de assassinos em série realizou seu desejo, mas foi condenada à prisão perpétua

Publicado em 05 Mar, 2018 às 15h00

"Matar alguém" era um dos itens da lista de desejos de uma jovem de 26 anos. Obcecada por assassinos em série, ela satisfez a sua vontade, mas foi condenada a ficar presa pelo resto da vida

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Ela era obcecada por serial killers (assassinos em série) e mantinha uma lista de desejos na qual um dos itens era “matar alguém” – vontade que, um dia, acabou satisfazendo.

A britânica Jemma Lilley, de 26 anos, foi condenada nesta semana à prisão perpétua por esfaquear, matar e enterrar o adolescente Aaron Pajich, de 18 anos, com a ajuda de sua amiga Trudi Lenon.

Ela terá que cumprir no mínimo 28 anos da sua pena antes de ter a possibilidade de liberdade condicional avaliada. Trudi recebeu a mesma condenação.

O corpo do garoto foi encontrado pela polícia no quintal da casa onde as duas moravam na cidade de Perth, na Austrália, em 2016 – nascida no condado inglês de Lincolnshire, Lilley havia se mudado para o país em 2010.

Na sentença, o juiz do caso afirmou que as duas “mataram por prazer”.

Eufórica

Durante o julgamento, que durou quatro dias, o promotor James McTaggart disse à corte que Lilley estava tão “satisfeita e eufórica” depois do assassinato que não conseguiu se conter e acabou se vangloriando sobre o crime para um colega de trabalho. Ela era repositora de estoque em um supermercado.

Os jurados ouviram também que Lilley teve um infância conturbada e desenvolveu no decorrer dos anos uma fascinação por filmes de terror, assassinato e serial killers.

Ela idolatrava o personagem Freddy Krueger, monstro do filme A Hora do Pesadelo, e já tinha dito a um amigo que queria matar alguém antes de completar 25 anos.

Lilley também tinha escrito um livro sobre uma serial killer chamada SOS – apelido que ela usava na internet em conversas com sua cúmplice.

As duas se conheceram por meio de um amigo em comum e ficaram próximas. Acabaram indo morar juntas dois meses antes do homicídio – Trudi se mudou com seus dois filhos para a casa de Lilley.

Elas compartilhavam fantasias sobre matar alguém que foram se tornando cada vez mais intensas, até que conseguiram levar Aaron Pajich para sua casa com o intuito de assassiná-lo.

Uma serra e 100 litros de ácido

Nas semanas antes do crime, elas compraram vários acessórios – incluindo uma serra circular de madeira e 100 litros ácido clorídrico, substância que corrói material orgânico.

Pajich foi morto em 13 de junho de 2016 e enterrado em uma cova rasa coberta com concreto e piso. As duas mulheres culparam uma à outra pelo crime.

Trudi disse que Lilley enforcou o jovem por trás enquanto ele instalava um jogo no computador dela, o estrangulou até o fio que ela usava se romper e o esfaqueou três vezes.

O rapaz havia sido diagnosticado com síndrome de Asperger – uma condição que se enquadra dentro do espectro do autismo. Foi Trudi quem o identificou com uma possível vítima: ela o conheceu quando os dois estudavam em um curso profissionalizante, e Pajich ficou amigo de um dos filhos dela, de 14 anos.

A polícia descobriu o crime ao investigar o desaparecimento do adolescente.

Eles perceberam que a última ligação que ele havia recebido tinha sido de Trudi. Ao chegar na casa, encontraram dezenas de facas, um serra para osso, bisturis, um facão e uma lista de técnicas de tortura.

A mãe do jovem, Sharon Pajich, disse que Lilley e Trudi são “animais repugnantes” que jamais deveriam ser soltos.

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BBC

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