Luis Soares
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Mulheres violadas 27/Jun/2013 às 10:54 COMENTÁRIOS
Mulheres violadas

Páginas do Femen no Facebook são fechadas por 'pornografia'

Luis Soares Luis Soares
Publicado em 27 Jun, 2013 às 10h54

Facebook fecha páginas do Femen por considerar conteúdo “pornográfico”. Grupo classifica o fato como “guerra feita por grupos reacionários – de nazistas a fundamentalistas islâmicos”

O grupo feminista Femen denunciou nesta terça-feira (25/06) que várias de suas páginas no Facebook foram encerradas involuntariamente, pois o conteúdo “apresentava pornografia e promovia a prostituição”.

ativista femen bélgica

Ativista do femen detida durante protesto na Bélgica (AFP)

“Informamos ao público o fechamento das nossas principais páginas do Facebook, que eram seguidas por aproximadamente 170 mil pessoas. Esse fato é a continuação da guerra na internet contra o Femen, feita por vários grupos reacionários – de ditaduras nazistas até fundamentalistas islâmicos”, diz nota oficial publicada no Twitter.

O grupo afirma que a plataforma era um dos principais meios de comunicação da campanha para conseguir a liberação de presas políticas ao redor do mundo. “Devolvam à revolução feminina a sua principal voz. Femen não é pornografia”, contesta o grupo.

O fechamento das páginas do Facebook foi mais um capítulo das batalhas – judiciais e políticas – que o Femen têm travado nos últimos meses por suas posições contra o sistema geopolítico atual.

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Três ativistas do Femen, inclusive, foram condenadas em Tunis no começo de junho a quatro meses de prisão por “atentado contra ao pudor e aos bons costumes”, afirmou em entrevista coletiva à Agência Efe o advogado tunisiano Suhair Bahri, que defende as integrantes do Femen.

Desde então, o grupo faz investidas em todo o mundo a favor das mulheres detidas, aumentando a tensão com autoridades da comunidade internacional.

“Esperava que fossem liberadas, mas infelizmente continuam presas”, disse Bahri antes de afirmar que recorrerá para evitar que as francesas Pauline Hillier e Marguerite Stern, de 27 e 23 anos, respectivamente, e a alemã Josephine Markmann, de 19, cumpram a pena.

As três jovens, acusadas também de “incitar a libertinagem”, foram detidas por protestar seminuas na frente do Palácio de Justiça para pedir a libertação da feminista tunisiana Amina Esbui, que está em prisão preventiva desde o dia 19 de maio.

Opera Mundi

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