Redação Pragmatismo
Corrupção 18/Dez/2012 às 21:15 COMENTÁRIOS
Corrupção

CPI do Cachoeira acaba em Pizza para alívio de Marconi Perillo

Publicado em 18 Dez, 2012 às 21h15

Após final melancólico da CPI do Cachoeira, governador de Goiás diz em nota que teve investigados seus mandatos e sua vida pessoal sem que conseguissem apontar “um único fato que pudesse incriminar” a ele ou ao governo

O resultado da CPI do Cachoeira nesta terça-feira é mais um ponto positivo na conta política do governador de Goiás, Marconi Perillo. Aliados do tucano e todo o governo estadual já comemoram o fato de a comissão terminar sem relatório oficial e sem pedir o indiciamento dos investigados.

marconi perillo cpi cachoeira

Relator da CPI diz que foi ‘vencido’ por Marconi (foto), Cachoeira e Cavendish

Para a base aliada de Perillo, o fim da CPI com o relatório barrado por 18 votos e sem maiores desdobramentos, é prova da inocência do governador e um presente de Natal. “Foi o presente de Natal mais merecido para o governador Marconi”, disse o presidente da Agetop, Jayme Rincón. O secretário de Articulação Institucional, Daniel Goulart, desabafou em seu Twitter. “A mentira não prevaleceu. O relatório da CPMI do ódio e do rancor do lulopetismo contra @marconiperillo foi rejeitado”, escreveu.

Rincón afirma que nos oito meses de investigação, com sigilos quebrados e demais apurações, não conseguiram encontrar nada que incriminasse Perillo. “Ficou apenas caracterizado que a CPMI foi uma ação coordenada pelo PT para atingir Marconi e proteger alguns acusados do mensalão. O PT só faz lambança e agora os deputados Odair Cunha (PT-MG) e Iris de Araújo (PMDB-GO) é que terão de engolir todas as asneiras que disseram neste ano”, desabafou Rincón.

Leia também

A base governista agora já prepara o próximo passo: partir para cima dos políticos e prefeituras nas mãos do PMDB e PT que firmaram contratos com a Delta nos últimos anos. A CPI da Assembleia será encarregada deste trabalho e o deputado estadual Talles Barreto (PTB), que é o relator, avisou que os contratos milionários entre prefeituras e Delta estarão em seu relatório.

O fim melancólico da CPI ajuda ainda mais Perillo e suas pretensões de disputar a reeleição. O parecer paralelo aprovado na CPI, que livrou todos de indiciamento, foi redigido pelo deputado do PMDB, Luiz Pitiman (DF). E o fato de poupar a Delta e suas relações com as empresas fantasmas de Cachoeira e com o governo federal mostra que o PT nunca esteve muito a fim de aprofundar as investigações. O que ratifica a tese de que a CPI foi criada para atacar a oposição e desviar o foco do julgamento do mensalão.

Mais uma etapa vencida

Os aliados de Perillo consideram o fim da CPI como outra etapa vencida pelo tucano neste ano de 2012. Uma das primeiras foi o bom desempenho no depoimento na Comissão, quando respondeu por nove horas seguidas perguntas dos parlamentares. A avaliação é que Marconi Perillo sai fortalecido de 2012 após superar os desgastes da Operação Monte Carlo. “Vítima do ódio, furor e inveja do lulopetismo, Marconi vê justiça sendo feita com rejeição da CPMI da vingança”, disse Daniel Goulart.

Vingança

Faltou pouco para que o relatório de Odair Cunha fosse aprovado. Caso o placar ficasse em 17 x 17 em vez de 18 x 16, o voto de minerva seria do presidente Vital do Rêgo, inclinado a acatar o parecer. Neste sentido, foi decisiva a participação do goiano Armando Vergílio (PSD) na CPMI, que votou contra.

“Meu posicionamento é o mesmo desde que percebi a crescente politização do trabalho do relator”, afirma o parlamentar. “O deputado que subscreveu o parecer apresentou um trabalho inconsistente, que não passa de uma peça de perseguição política”.

Armando acredita que o relatório da CPMI foi bolado como tentativa de vingança da base governista contra Perillo, desafeto do ex-presidente Lula desde a época do mensalão.

Brasil 247

Recomendações

COMENTÁRIOS