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Meio Ambiente 29/Nov/2011 às 22:43 COMENTÁRIOS
Meio Ambiente

Tempestade em Copo D'água? Estudantes rebatem vídeo global contra Belo Monte

Publicado em 29 Nov, 2011 às 22h43

Vídeo produzido por alunos de Engenharia Civil e de Economia da Unicamp rebate o Movimento Gota D’Água, promovido por atores globais contra a construção da Usina de Belo Monte no Pará

Com informação e argumentos bastante claros, jovens se revezam para explicar sua construção e suas conseqüências, abrindo um debate amplo e transparente sobre o tema. “Você provavelmente já ouviu falar de Belo Monte. Desenvolvimento Sustentável e energia limpa”, assim começa o vídeo, usando uma linguagem similar a do vídeo feito pelos atores da Rede Globo.

Os estudantes de engenharia desmentem alguns argumentos contra Belo Monte como o de que a usina produzirá somente um terço de sua capacidade. “Belo monte é a terceira maior em potencial energético (do mundo), não em área alagada. Nenhuma usina do mundo produz 100% de sua capacidade instalada. Nem Itaipu ou Três Gargantas, que são as duas maiores do mundo produzem(sua capacidade total)”, afirmam os jovens.

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Outro ponto bastante esclarecedor do material é o quanto será investido e de onde sairão os recursos. Segundo fontes utilizadas pelos globais, R$ 30 bilhões de reais serão gastos na construção da usina, sendo 80% vindos da arrecadação de impostos. No entanto, segundo engenheiros da Eletronorte, que desde os anos 1970 estudam a questão, estimam R$ 19 bilhões para sua construção. Os estudantes lembram que R$ 19 bilhões é o valor, por exemplo, da dívida que o Banco Central “perdoou” quatro banqueiros recentemente.

O fato da maior parte do investimento sair do bolso do brasileiro, outro ponto bastante repetido pelo vídeo dos atores, os estudantes afirmam: ”Realmente, somos nós que pagaremos o dinheiro da usina, o povo brasileiro, do tesouro nacional. Como poderia ser diferente? Com dinheiro de bancos privados nacionais, ou estrangeiros? Felizmente, graças à recuperação do Brasil nos últimos anos, a gente tem dinheiro para bancar essa obra. Sem precisar de financiamentos estrangeiros ou de submeter nosso patrimônio ao FMI (Fundo Monetário Internacional) ou Banco Mundial. Se usarmos o dinheiro da iniciativa privada, eles entram com a grana, mas acabam ficando com a usina”, afirma o elenco de engenheiros da Unicamp.

Mais informações no site do Movimento aqui

Abaixo, o vídeo dos estudantes:

Redação Vermelho

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