Lucio Massafferri Salles
Colunistas 02/Set/2025 às 02:03 COMENTÁRIOS
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Último goleiro da Máquina Tricolor, Wendell será homenageado no canal Flu Press

Lucio Massafferri Salles Lucio Massafferri Salles
Publicado em 02 Set, 2025 às 02h03

Homenagem ao último guardião da "Máquina" reunirá seu filho, Wendell, e o ídolo do Fluminense, Manfrini, nesta terça-feira, 2, às 20h.

Foto: Wendell (Acervo CBF )
Foto: Wendell (Acervo CBF )

Lucio Massafferri Salles*, Pragmatismo Político

O futebol brasileiro da década de 70 foi marcado pela arte ofensiva da Máquina Tricolor. Esse era o apelido dado pela imprensa e a torcida, às distintas versões de times do Tricolor das Laranjeiras que ganharam forma e fama, a partir de 1970, e que alcançaram seu apogeu na gestão de Francisco Horta, entre 1975/77. A “Máquina” ajudou a disseminar o nome do Fluminense no mundo, jogando e encantando, assim como conquistando títulos como a Taça Paris (1976), Copa Viña del Mar (1976) e Teresa Herrera (1977).

Os 50 anos da Máquina Tricolor, que só a torcida relembra

Entre tantos craques desse período, o goleiro Wendell Lucena Ramalho (Recife, 21/11/1947 – Rio de Janeiro, 23/05/2022) é lembrado como o último guardião da tradicional número 1 do Tricolor; onde jogou até o ano de 1979.

Em dezembro de 1975, uma investida de Francisco Horta quase fez com que Wendell chegasse às Laranjeiras, num troca-troca envolvendo o ponta-esquerda Mário Sérgio. Após o parecer de Telê Santana, que já havia se acertado para treinar o Botafogo em 1976, o negócio emperrou e não saiu; Telê não abria mão de contar com Wendell como titular do seu time. Por sua vez, Didi viu frustrado o desejo de ter Wendell ao lado de Félix no elenco do Flu. Assim, a vinda do goleiro só se concretizou em 1977, com uma compra de passe comum. A partir daí, Wendell participou de momentos marcantes pelo Flu, como a conquista da Taça Teresa Herrera, em La Coruña, no mesmo ano de 77.

Morre Wendell, ex-preparador de goleiros campeão do mundo com a seleção brasileira

Cerca de dois anos e meio depois, em 24 de junho de 1979, Wendell viveu sua despedida de jogos oficiais pelo Fluminense em um Fla-Flu inesquecível. Nesse dia, no Maracanã, fez defesas de almanaque, incluindo uma defesaça numa jogada de Zico. Lembro como se fosse ontem: num ataque o Zico soltou uma bomba lá da intermediária. E Wendell, adiantado, foi recuando e se esticando todo pra voar e espalmar aquela bola pra fora.

A defesa que não ficou só na memória: mas no aplauso coletivo de todo o estádio.

Canal Flu Press|homenageia Wendell, nos 50 anos da Máquina Tricolor (1975)

Ao longo da carreira, Wendell é um goleiro lembrado por sua frieza, segurança e regularidade. Cotado para ser titular da Seleção Brasileira na Copa de 1974, acabou cortado por lesão, mas seguiu como referência de confiança debaixo das traves.

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Nesta terça-feira, 2 de setembro de 2025, às 20h, Wendell será homenageado no programa “50 anos da Máquina Tricolor”, com a presença de Wendell Filho e do ex-atacante Manfrini, companheiro de equipe naquele período. Um reencontro para celebrar a memória do último guardião da número 1 da Máquina Tricolor.

Não percam esse encontro, no canal Flu Press, no YouTube.

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*Lucio Massafferri Salles é jornalista, cronista esportivo, psicólogo e professor da rede pública de ensino/RJ. Doutor e mestre em filosofia pela UFRJ, especialista em psicanálise pela USU, realizou o seu estágio de Pós-Doutorado em Filosofia Contemporânea na UERJ. É criador do canal FluPress (YouTube).

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