Redação Pragmatismo
Notícias 24/Jun/2025 às 21:31 COMENTÁRIOS
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Bolsonaristas politizam a morte de Juliana Marins e culpam Lula e a própria vítima

Publicado em 24 Jun, 2025 às 21h31

Juliana Marins não apenas sucumbiu à negligência das autoridades indonésias na resposta ao seu acidente, ela sofreu uma “segunda morte” nas mãos de vozes tóxicas que se apoderaram da tragédia nas redes

juliana marins

Por Ana Oliveira
Pragmatismo Político

Juliana Marins, turista brasileira de 26 anos, morreu após cair em uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. A demora das autoridades locais no resgate do corpo, que levou cinco dias para ser concluído, gerou questionamentos sobre os protocolos adotados e a eficiência da resposta da equipe indonésia. A tragédia mobilizou atenção nacional e abriu espaço para discussões legítimas sobre segurança em trilhas, apoio consular e os desafios enfrentados por viajantes brasileiros no exterior.

No entanto, nas redes sociais, a repercussão do caso também seguiu por um caminho mais conturbado. Além das manifestações de solidariedade, parte dos comentários assumiu um tom agressivo, crítico à própria vítima. Juliana, que viajava sozinha, tornou-se alvo de julgamentos que questionavam suas escolhas pessoais e sugeriam, de forma explícita ou velada, que sua morte seria resultado de imprudência ou irresponsabilidade.

Grupos políticos também passaram a usar o episódio como instrumento de disputa ideológica. Publicações associadas a perfis bolsonaristas, por exemplo, buscaram responsabilizar o presidente Lula e o governo federal pela tragédia, ainda que os acontecimentos tenham ocorrido em território estrangeiro e sob jurisdição indonésia. A Embaixada do Brasil em Jacarta acompanhou o caso desde o início, prestando apoio à família, conforme previsto em situações desse tipo.

A morte de Juliana Marins na Indonésia é uma tragédia que dói e revolta.

Faltou apoio. Toda vida brasileira precisa ser cuidada, onde quer que esteja.

Meus sentimentos à família.

— Romeu Zema (@RomeuZema) June 24, 2025

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