Redação Pragmatismo
Mundo 18/Out/2023 às 08:54 COMENTÁRIOS
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"É preciso atacá-los de forma dolorosa para que paguem um preço insuportável", diz Benjamin Netanyahu

Publicado em 18 Out, 2023 às 08h54

Com péssima aprovação popular, Benjamin Netanyahu tenta se equilibrar na corda bamba do poder em Israel enquanto surgem declarações suas que sugerem abertamente o extermínio do povo palestino e deboche sobre respeitar acordos da ONU. Dessa vez, a reação mundial ao massacre em Gaza foi acima do esperado e o líder israelense ensaiou uma mentirosa preocupação com a vida de civis

hospital gaza israel
Benjamin Netanyahu ensaiou uma falsa preocupação com a vida de civis palestinos após reação mundial ao massacre no hospital de Gaza, mas seu histórico mostra uma figura dotada de ódio e arrogância

O ataque de Israel a um hospital que resultou em, pelo menos, 500 mortos na Faixa de Gaza foi alvo de protestos pelo mudo. Em 10 dias de ataques, o israelenses já despejaram ao menos 6 mil bombas em território palestino. Os mortos ainda são incertos. Estima-se que, ao menos, 4.500 já morreram na Faixa de Gaza, sendo mais de mil crianças.

Os ataques desta terça-feira (17) atingiram o histórico Hospital Batista Al-Ahli Arab, além de uma escola da Organização das Nações Unidas (ONU). O incidente no hospital provocou uma escalada de tensões na região e provocou reações no mundo. Em um gesto de solidariedade às vítimas do ataque, diversos países e líderes ao redor do mundo manifestaram sua indignação e preocupação, condenando o ocorrido.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, recebeu Joe Biden nesta quarta-feira (18) para alinharem as estratégias de quais serão os próximos passos da guerra. Com péssima aprovação popular, o líder israelense tenta se equilibrar na corda bamba do poder enquanto surgem declarações suas que sugerem abertamente o extermínio do povo palestino e deboche sobre respeitar as diretrizes da ONU.

Após o bombardeio ao hospital de Gaza, passou a circular nas redes um vídeo em que Netanyahu diz que “é preciso atacar os palestinos de forma dolorosa para que o preço que eles paguem seja insuportável”.

As imagens são antigas, mas mostram perfeitamente quem é o homem que os israelenses escolheram para governá-los por três vezes, num total de mais de 12 anos.

O que também se destaca no vídeo é arrogância de Netanyahu. Alertado por uma assessora sobre Israel correr o risco de ser criticada internacionalmente caso promova banhos de sangue, o líder israelense diz não se importar com a opinião do mundo (assista abaixo).

O jornalista Antonio Mello comentou as falas do mandatário de Israel: “Ele [Netanyahu] confirma que os acordos firmados com os palestinos não deram em nada principalmente porque ele não os cumpria conforme o combinado. Ele confessa cinicamente que dava sua interpretação ao que fora assinado, de acordo com as conveniências de Israel. Mostra que o que ele diz não se escreve e a palavra dele só pode ser encarada como verdadeira quando se refere a seu ódio aos palestinos, que ele no fundo gostaria de ver exterminados ou pelo menos expulsos de vez do que ele considera como suas terras — toda a área da antiga Palestina”.

Nas últimas semanas, Netanyahu e seus ministros já chegaram a fazer declarações ainda mais horrendas, como quando compararam os palestinos a ‘animais’ ou quando menosprezaram o fato de eles não terem acesso à água, comida e remédios.

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