Redação Pragmatismo
Lula 11/Nov/2022 às 16:00 COMENTÁRIOS
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Drauzio Varella, Silvio Almeida, Anielle Franco: Governo de Transição anuncia mais de 30 novos nomes

Publicado em 11 Nov, 2022 às 16h00

Drauzio Varella, Silvio Almeida, Anielle Franco, Maria Victoria Benevides, Douglas Belchior, Esther Dweck: Gabinete de Transição do governo Lula apresenta mais de 30 novos nomes para compor diversos grupos técnicos de trabalho

Drauzio Varella Silvio Almeida Anielle Franco Governo Transição anuncia mais novos nomes
Silvio Almeida, Anielle Franco e Drauzio Varella

RBA

O Gabinete de Transição do futuro governo Lula, liderado pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou nesta quinta-feira (10) lista com novos nomes que irão compor conselho consultivo. Foram anunciados integrantes de sete grupos técnicos: Saúde, Comunicação, Direitos Humanos, Mulheres, Indústria e Comércio, Igualdade Racial e Planejamento. Assim, juntamente com Economia e Assistência Social, nove grupos já contam com as equipes escaladas. Esses grupos devem realizar estudos em cada área e estabelecer as prioridades para o próximo governo.

Entre os nomes anunciados estão ex-ministros, parlamentares, acadêmicos e representantes da sociedade civil. Nos Direitos Humanos, por exemplo, destaque para o advogado e escritor Silvio Almeida. No grupo Mulheres, Anielle Franco, diretora executiva do Instituto Marielle Franco, que leva o nome da sua irmã, ex-vereadora do Psol assassinada em 2018.

Nomes reconhecidos na medicina foram escolhidos para integrar o comitê da Saúde. Dráuzio Varella, Roberto Kalil Filho e Claudio Lottenberg são alguns dos especialistas escalados para o grupo. O cardiologista de Lula, Dr. Kalil, vai comandar a comissão. A principal função do comitê de especialistas é assessorar na definição de prioridades na Saúde para 2023. Eles devem apontar direções para o novo governo petista e ajudar na definição das estratégias, mas não irão integrar formalmente o gabinete de transição.

Com o gesto, Lula busca se distanciar, desde o governo de transição, da postura negacionista adotada pelo governo do atual presidente, Jair Bolsonaro. Além de Kalil e Drauzio, o conselho consultivo conta ainda outros destaques na área médica.

Confira nova lista de nomes para o Gabinete de Transição

Saúde

Giovanni Guido Cerri, da Faculdade de medicina e Hospital das Clínicas da USP
Miguel Srougi, da Faculdade de Medicina na USP, Academia Nacional de Medicina e do Instituto Criança e Vida
Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho, da Faculdade de Medicina e Hospital das Clínicas da USP
Fábio Biscegli Jatene, da Faculdade de Medicina e Hospital das Clínicas da USP e da Academia Nacional de Medicina
Claudio Lottenberg, do Hospital Israelita Albert Einstein e Coalizão Saúde
José Medina Pestana, da Universidade Federal de São Paulo, Hospital do Rim
Linamara Rizzo Battistella, da Faculdade de Medicina e Hospital das Clínicas da USP, Organização Pan-americana de Saúde (Opas)

Comunicações

Paulo Bernardo, ex-ministro das Comunicações
Jorge Bittar, ex-deputado federal
Cesar Álvarez, ex-secretário-executivo do Ministério das Comunicações
Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Direitos Humanos

Maria do Rosário, deputada federal (PT-RS)
Maria Vitória Benevides, historiadora, integrante da Comissão Arns
Silvio Almeida, advogado e escritor, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Mackenzie e presidente do Instituto Luís Gama
Luis Alberto Melchetti, doutor em Economia
Janaína Barbosa de Oliveira, movimento LGBTQIA+
Rubens Linhares Mendonça Lopes, setorial Pessoa com Deficiência do PT
Emídio de Souza, deputado estadual (PT-SP)

Igualdade Racial

Nilma Lino Gomes, ex-ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos
Givania Maria Silva, quilombola e doutora em Sociologia
Douglas Belchior
Thiago Tobias, advogado coalizão negra
Ieda Leal
Martvs das Chagas, secretário de Planejamento de Juiz de Fora (MG)
Preta Ferreira, movimento negro e moradia

Planejamento, Orçamento e Gestão

Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda
Enio Verri, deputado federal (PT-PR)
Esther Dweck, economista e professora da UFRJ
Antonio Corrêa de Lacerda, presidente do Conselho Federal de Economia

Indústria, Comércio e Serviços

Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul
Jackson Schneider, executivo da Embraer
Rafael Luchesi, diretor de Educação e Tecnologia do Senai
Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Pequena Empresa (subgrupo)

André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
Paulo Okamoto, ex-presidente do Sebrae
Tatiana Conceição Valente, especialista em Economia Solidária
Paulo Feldman, professor da USP

Mulheres

Anielle Franco, diretora executiva do Instituto Marielle Franco
Roseli Faria, economista
Roberta Eugênio, mestre em Direito
Maria Helena Guarezi, professora
Eleonora Menicucci, ex-ministra da Secretaria Especial de Política para Mulheres
Aparecida Gonçalves, ex-secretária nacional de Violência contra a Mulher

Alckmin rebate pressões do mercado

Após anunciar os nomes que compõem os grupos, Alckmin foi questionado sobre a reação do “mercado” ao discurso de Lula, mais cedo, em que o presidente eleito sinalizou a questão social como prioridade do seu governo. Para os agentes do mercado, o líder petista teria deixado de lado o compromisso com a austeridade fiscal. Os representantes da Faria Lima também não gostaram de saber que a Petrobras não mais ser “fatiada”, nem o Banco do Brasil privatizado.

Em resposta, Alckmin lembrou que, quando Lula assumiu pela primeira vez, em 2003, a dívida pública do país correspondia a 60% do PIB. Em 2010, ao final do seu governo, havia caído para 39,7%. Além disso, seu governo realizou superávit fiscal em todos os anos dos seus dois mandatos.

“Então se alguém teve responsabilidade fiscal, foi o governo Lula”, disse o vice. Segundo ele, o mais importante é fazer o país crescer. E isso deve ocorrer a partir da retomada do planejamento e dos investimentos públicos.

Sobre a chamada PEC da Transição, que abre espaço no Orçamento para garantir o pagamento do Bolsa Família de R$ 600, dentre outras prioridades do novo governo, Alckmin disse que seus valores ainda não estão definidos. O vice também alertou para a necessidade de obter recursos para garantir a continuidade de políticas públicas nas áreas da saúde, educação e habitação, além de evitar a paralisação de obras em andamento.

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