Redação Pragmatismo
Política 05/Out/2022 às 19:48 COMENTÁRIOS
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Gerente que disse que iria 'demitir todos os petistas' da empresa onde trabalha é demitida

Publicado em 05 Out, 2022 às 19h48

Gerente de RH da Ferreira Costa foi ao Instagram após a apuração da eleição presidencial e garantiu que iria "fazer de tudo" para "demitir todos" os apoiadores de Lula da empresa. O caso repercutiu e quem acabou demitida foi ela

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Uma gerente de Recursos Humanos (RH) da rede Ferreira Costa em Pernambuco foi demitida após a repercussão de uma postagem nas redes sociais. Depois da apuração dos votos do primeiro turno da eleição presidencial, a mulher ameaçou demitir funcionários apoiadores de Lula. “Se tiver demissão em massa, vou fazer de tudo para começar pelos petistas”, declarou.

Karina Lopes fez a publicação depois da confirmação de que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu na frente da disputa presidencial com mais de 57 milhões de votos (48,43%). O post viralizou nas redes sociais na terça-feira (4), fazendo com que pessoas cobrassem um posicionamento da empresa. A publicação foi salva e compartilhada por um seguidor da mulher.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) de Pernambuco disse, por nota, que recebeu denúncia formal sobre “os relatos de assédio eleitoral em empresa varejista no Recife e que “instaurou procedimento investigatório para apurar a responsabilidade da empresa no ocorrido, bem como as providências tomadas”.

Em nota publicada no mesmo dia, a Ferreira Costa disse que não compactua “com atitudes ofensivas ou discriminatórias” e que a “colaboradora não faz mais parte do quadro da empresa”.

Karina Lopes mora em Pernambuco, mas é natural do Rio de Janeiro. Ela utilizava as redes sociais para fazer campanha para Jair Bolsonaro, mas bloqueou o Instagram por conta da repercussão do caso. Em Pernambuco, Lula teve ampla vantagem contra Bolsonaro no primeiro turno, com 3.558.322 votos, 65,27% dos votos válidos.

Internautas comentaram o caso. “Capaz de a moça agora ganhar um emprego na Havan”, alertou um usuário. “A velha síndrome da classe média brasileira, que acha que é detentora dos bens de produção e quer ser opressora. Quando vão entender que estão socialmente muito mais perto dos pobres do que dos ricos?”, observou outro.

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