Redação Pragmatismo
Economia 14/Jan/2022 às 03:52 COMENTÁRIOS
Economia

Com novo aumento, gasolina tem alta de 76% e diesel de 79%

Publicado em 14 Jan, 2022 às 03h52

Nos últimos cinco anos, a gasolina para o consumidor final registrou um aumento real (considerando a inflação) de 42%

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Imagem: Marcello Casal Jr. | ABr

O preço médio da gasolina vendida nas refinarias da Petrobrás aumentou 68% entre janeiro e dezembro de 2021, enquanto o diesel S-10 ficou 65% mais caro. Com os novos reajustes, de 4,9% e 8,1%, consecutivamente, que começaram a vigorar nesta quarta-feira (12), a alta da gasolina no período de um ano chega a 76% e do diesel a 79%.

Os dados são do Observatório Social da Petrobrás (OSP), com base nos comunicados divulgados pela companhia de janeiro de 2021 até agora. O levantamento aponta que só no ano passado a gasolina sofreu 11 aumentos e cinco reduções de preços. Com o novo reajuste, o primeiro de 2022, são 12 aumentos no período de um ano.
Com relação ao diesel S-10, ao longo de 2021 foram nove aumentos e três reduções de preços. Somando com o último reajuste, são 10 aumentos em 12 meses.

Segundo o economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), o recorde de preços da gasolina e do diesel S-10 foi atingido em novembro do ano passado. “De lá pra cá, não houve reajuste no diesel e o preço da gasolina chegou a diminuir nas refinarias, o que aliviou a inflação dos combustíveis no fim do ano. Essa trégua se deu, unicamente, por conta da ômicron, que fez o preço internacional do barril de petróleo cair drasticamente nos últimos meses do ano”, afirma.

Neste mês de janeiro, de acordo com Dantas, o valor do barril já voltou aos patamares de outubro e novembro, acima de US$ 80, período em que o preço de todos os derivados de petróleo no Brasil chegou aos maiores valores reais de suas séries históricas. “Se o PPI se mantiver, infelizmente teremos novos preços recordes em 2022”, conclui o economista.

Política de preços

Desde que o PPI (Preço de Paridade de Importação) foi implementado, em 2016, no governo de Michel Temer, os combustíveis vendidos no Brasil acumulam uma alta muito acima da inflação. Nos últimos cinco anos, a gasolina para o consumidor final registrou um aumento real (considerando a inflação) de 42%, com reajuste nominal (sem ajuste da inflação) de 82% e o litro do diesel S-10 superou a inflação em 35% e teve crescimento nominal de 73%.

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