Redação Pragmatismo
Direita 25/Nov/2021 às 15:09 COMENTÁRIOS
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Novos detalhes revelam a saga de Olavo de Carvalho para fugir do Brasil

Publicado em 25 Nov, 2021 às 15h09

Olavo não passou pela imigração para escapar do Brasil. Esposa do escritor comprou em dinheiro passagens de Assunção um dia após ele ser intimado pela PF; eles viajaram às pressas de carro até o Paraguai. Guru bolsonarista saiu sem avisar da clínica onde estava internado e estabelecimento registrou a saída como "evasão do paciente"

Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho

A fuga do Brasil de Olavo de Carvalho após ser intimado pela Polícia Federal envolveu compra de passagens em dinheiro, viagem de carro até o Paraguai e cruzamento da fronteira sem passar pela imigração.

O guru do bolsonarismo saiu do país depois de a PF o chamar para depor e alegou problemas de saúde para não comparecer à oitiva. As informações são da Folha de S.Paulo e do inquérito das milícias digitais.

Já nos EUA, gravou um vídeo em que negou ter saído para se esconder do depoimento e disse que lhe ofereceram passagens de última hora.

Olavo foi intimado no dia 9 de novembro. Um dia depois, a esposa do escritor comprou duas passagens para Miami com saída de Assunção, no Paraguai, previstas para o dia seguinte.

A compra foi realizada em um agência de viagens e o pagamento foi feito em dinheiro.

Ainda no dia 10, após a aquisição dos bilhetes, Olavo saiu sem avisar da clínica onde estava internado. O estabelecimento registrou a saída como “evasão do paciente”.

Depois de deixar o local, o casal remarcou as passagens para o dia 13 de novembro, quando decolaram rumo aos EUA. Ele viajou de carro até o Paraguai e não passou pela imigração ao sair do Brasil.

Em 16 de novembro, o guru do bolsonarismo gravou um vídeo nos EUA em que negava qualquer relação entre sua saída e o depoimento. Ele também não admitiu ter sido intimado.

“Eu estava no hospital e me ofereceram um voo repentino para dali a 15 minutos. Eu não ia perder essa oportunidade”, disse em vídeo gravado já nos EUA.

Olavo diz que a “coisa foi tão rápida” que não foi possível se despedir dos médicos e enfermeiros do hospital em que estava internado. “O pessoal chama de saída à francesa”, disse.

O escritor foi chamado a depor no inquérito que apura a existência de uma milícia digital voltada a desacreditar a democracia e as instituições.

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