Redação Pragmatismo
Saúde 10/Set/2021 às 09:10 COMENTÁRIOS
Saúde

Governo Bolsonaro joga no lixo R$ 240 milhões em testes, vacinas e remédios

Publicado em 10 Set, 2021 às 09h10

Ministério da Saúde deixa vencer mais de R$ 240 milhões de testes, vacinas e remédios vencidos. No total, são 3,7 milhões de itens jogados no lixo por perderem a validade

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(Imagem: Alan Santos | PR)

RBA

Em meio à pandemia de covid-19, o Ministério da Saúde deixou vencer a validade de um estoque de testes de diagnóstico, imunizantes, remédios e outros itens avaliados em mais de R$ 240 milhões.

No total, são 3,7 milhões de itens que começaram a perder o prazo de validade há mais de três anos, a maioria durante a gestão de Jair Bolsonaro, e estão no cemitério de insumos do Sistema Único de Saúde (SUS), em Guarulhos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Ainda que a lista do estoque seja mantida em sigilo pelo ministério, o jornal teve acesso a tabelas da pasta com dados sobre itens, data de validade e valor pago. Entre os produtos vencidos estão 820 mil canetas de insulina, totalizando R$ 10 milhões.

Entre os produtos vencidos estariam também itens destinados a pacientes do SUS com doenças como hepatite C, câncer, Parkinson, Alzheimer, tuberculose, doenças raras, esquizofrenia, artrite reumatoide, transplantados e problemas renais. Também foi perdido um lote inteiro de frascos para aplicação de 12 milhões de vacinas para gripe, BCG, hepatite B e outras doenças, avaliado em R$ 50 milhões.

Leia também: Bolsonaro ignora desemprego, fome e inflação e elege Moraes vilão do Brasil

O diretor do Departamento de Logística (Dlog) do Ministério da Saúde, general da reserva Ridauto Fernandes, justificou o desperdício à publicação afirmando que a perda de validade de produtos “é sempre indesejável”, mas ocorre “em quase todos os ramos da atividade humana”. “Em supermercados, todos os dias, há descarte de material por essa razão”, afirmou o general.

‘Projeto de morte’

As revelações sobre os produtos vencidos causaram reações no mundo político. “A falta de medicamento nos postos pode parecer falta de recursos ou incompetência, mas sempre fez parte do projeto de morte de Bolsonaro”, postou no Twitter a ex-deputada federal Manuela d’Ávila.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) afirmou, também na rede social, que vai tomar providências junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar o caso.

Darei entrada hoje na PGR com representação solicitando investigação de crime de improbidade administrativa do presidente e ministro da saúde pelo vencimento de R$ 243 milhões em vacinas, testes e remédios em plena pandemia. O SUS TRABALHA e Bolsonaro atrapalha”, postou o parlamentar.

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