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Mulheres violadas 20/Jul/2021 às 15:34 COMENTÁRIOS
Mulheres violadas

VÍDEO: Faxineira foge de apartamento de advogado após ser estuprada

Publicado em 20 Jul, 2021 às 15h34

Mulher chegou a pular da varanda para escapar do advogado estuprador. Vítima conta que implorou para não ser violentada. Jefferson Moura Costa ainda ameaçou matar a faxineira com um tiro de arma de fogo

Jefferson Moura Costa
Jefferson Moura Costa

Um advogado está preso por estuprar uma faxineira em seu apartamento em Teresina, no Piauí. O crime aconteceu no último dia 14 de julho e a polícia divulgou nesta terça-feira (20) imagens de câmeras de segurança que reforçam o depoimento da vítima.

Exames no Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (SAMVVIS) confirmaram o estupro. O agressor Jefferson Moura Costa, 44, disse que vai se manifestar apenas após a conclusão da investigação.

Nas imagens é possível ver o momento em que a vítima chegou ao condomínio, acompanhada do advogado. Eles caminharam no estacionamento e entraram pela porta de acesso às escadas.

Horas depois, a faxineira apareceu por diversas vezes na varanda do apartamento olhando para baixo. A câmera não registrou o momento em que a vítima pulou da sacada para o estacionamento. Na imagem seguinte, a mulher apareceu correndo no hall do condomínio, chegando a esbarrar em um morador e fugindo para pedir ajuda.

Em depoimento, a vítima disse ter sido chamada pelo advogado para fazer uma faxina em seu apartamento, mas foi surpreendida por Jefferson, que a agarrou e a estuprou.

Segundo a vítima, o advogado ameaçou matá-la com um tiro de arma de fogo. Depois do estupro, o homem teria sentado em um sofá e começado a ler um livro. Foi quando ela procurou uma forma de fugir.

Fingindo estar fazendo a faxina, a vítima percebeu que poderia fugir pela janela, decidiu pular da sacada do apartamento e pediu ajuda em um prédio próximo. Um morador acionou a polícia.

Além da diarista, outras quatro mulheres denunciaram terem sido vítimas do advogado. Na sexta-feira (16), ele foi transferido para a Penitenciária Irmão Guido após ter a prisão preventiva decretada.

Jefferson Moura Costa faz parte da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Piauí, que decidiu suspender o registro dele. Depois do ocorrido, a entidade abriu um processo disciplinar, através do Tribunal de Ética e Disciplina, para investigar a conduta do suspeito.

Confira trechos do auto de prisão em flagrante:

“A declarante relatou à polícia que, por volta de 15h, sua sogra ligou dizendo que havia um homem na casa dela, parado em um carro, perguntando onde tinha uma moça para fazer faxina. A sogra então disse que a vítima fazia o serviço e o homem alegou que sua esposa havia saído e que quando voltasse queria tudo limpo. A vítima estava em casa com seu esposo e filho, e o marido disse para ela não ir, no entanto, ela disse que estava precisando de dinheiro para comprar medicamentos para o filho, que estava doente, e aceitou fazer a faxina no apartamento do advogado por R$ 70,00 […]”

“Chegando no apartamento, a vítima relatou que ele trancou a porta e ela se espantou com a quantidade de camisinhas pelo chão e que estranhou pelo fato de não ter visto nenhuma roupa ou objeto de mulher, começando a suspeitar que ele havia mentido que tinha esposa. Nesse momento, ela disse que ficou desconfiada e sentiu que seria estuprada”

“A denunciante relatou que limpou um quarto e notou que havia um pingo no chão, que se parecia com sangue e que não conseguiu limpar. Logo depois, ela viu o advogado deitado no sofá lendo um livro e massageando o órgão genital. Em pânico, logo ela imaginou que ele a estupraria e depois mataria. Ela então disse que iria para outro quarto tirar alguns livros da prateleira e espanar. Nesse momento, o acusado a agarrou pelo pescoço, passou as mãos em seus seios e tirou a roupa da declarante, praticando o ato sexual”.

“A vítima relatou que antes do ato sexual ele colocou uma camisinha e ela só conseguia dizer para ele parar e não a matar, que seu marido era doente e que tinha filhos para cuidar. Enquanto isso, o acusado dizia coisas sem nexo, como: ‘essas vagabundas tem é que morrer mesmo’ e ‘vagabunda merece é isso mesmo, tu e as outras vagabundas'”.

Imagens:

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