Redação Pragmatismo
Mídia desonesta 29/Abr/2021 às 08:42 COMENTÁRIOS
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Mainardi se irrita com comentário e manda advogado Kakay "tomar no c*"

Publicado em 29 Abr, 2021 às 08h42

Diogo Mainardi apanha no Manhattan Connection e passa recibo em uma concessão pública, em rede nacional. Comentarista citou Olavo de Carvalho antes de mandar o convidado do programa "tomar no c*"

Mainardi e Kakay
Mainardi e Kakay

Diogo Mainardi protagonizou mais um lapso infantilóide e grosseiro ao não conseguir lidar com os comentários do advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, convidado do programa Manhattan Connection desta quarta-feira (28).

Proprietário do site ‘O Antagonista’, Mainardi permanece fiel a Sergio Moro e não gostou de ouvir que o seu herói cometeu uma série de crimes para levar adiante uma operação que tinha objetivos políticos e eleitorais.

Mainardi se valeu da estratégia de não deixar o convidado falar e interrompeu a maioria das falas de Kakay com ataques inconvenientes. Desprovido de argumentos para rebater as explanações do advogado, o comentarista também forçava caras e bocas para demonstrar discordância e chegou a dizer que tinha ‘vontade de vomitar’ ao escutar o criminalista.

No final da atração, Kakay foi questionado pelo apresentador Lucas Mendes se “absolve ou condena” o programa. “Eu acho esse programa quase perfeito: tem três pessoas extremamente preparadas, pessoas que vivem no mundo, e tem um mal-humorado para poder falar, gritar e xingar. Isso tudo é alegria, faz parte. O humorista que tem mau humor é tradicional. Agora, o que tem mau humor e não tem inteligência… aí vocês são muito corajosos”, despediu-se Kakay.

Mainardi se irritou mais uma vez, citou Olavo de Carvalho e mandou o advogado “tomar no cu”.

VÍDEO:

O episódio repercutiu. “O programa tem uma fórmula de subjornalismo em que três velhos babacas fingem entrevistar alguém. Essa palhaçada acontece na TV Cultura, uma emissora pública. O contribuinte paulista paga por essa escrotidão”, pontuou o jornalista Kiko Nogueira.

“Não me recordo de ter visto um anfitrião dizer isso a um convidado em um programa de TV, o que dirá em uma emissora que carrega Cultura no nome e princípios públicos no seu estatuto. Ainda que o canal tenha tido o cuidado de encobrir o xingamento, o nome feio aí é o de menos. Trata-se de uma postura inesperada para um programa norteado por ideias e argumentações”, afirma a jornalista Cristina Padiglione.

“Kakay foi insultado por que defendeu o estado de direito e condenou os abusos cometidos por Moro, recentemente declarado suspeito e parcial pelo Supremo Tribunal Federal e também apontado como agente de interesses internacionais, em reportagem especial do jornal francês Le Monde“.

“O pior não é ser surrado em rede nacional, o pior é apanhar e passar recibo mandando tomar no cu, como fez Diogo Mainardi com Kakay. Foram 10 minutos de deboche do advogado que terminaram com Mainardi acusando os golpes”, observou o também jornalista Guga Noblat.

Nota

Kakay divulgou uma nota após sua participação no Manhattan Connection. Leia a íntegra abaixo:

Nunca o grande Manoel de Barros foi tão lembrado por mim como no “debate” ontem:

“Só uso as palavras para compor meus silêncios.”

Não serei eu, em nenhuma circunstância, que irei censurar a fala de um “humorista” – como o Mainardi – que abusou do direito de ser indelicado e agressivo no programa.

Ele merece meu mais profundo desprezo. No final, ele se mirou em um de seus ídolos, o tal Olavo de Carvalho, e me agrediu verbalmente.

Durante todo o programa, ficava reclamando, mas sem conseguir se manifestar de maneira clara e com um raciocínio lógico.

Talvez ele precise de tratamento para superar a queda e a desmoralização dos seus ídolos, como insinuou o Haddad quando foi ao programa, ou talvez seja mesmo só essa figura patética e decadente.

O Brasil é um país triste hoje em dia por ter um presidente do nível do Bolsonaro.

O tal Diogo finge que é um crítico do Bolsonaro, mas são pessoas do mesmo naipe.

Ele, Olavo, Moro e Bolsonaro se merecem.

Eu fico com o grande Mário Quintana:

“Eles passarão, eu passarinho”.

Kakay

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