Redação Pragmatismo
Direita 23/Abr/2021 às 10:35 COMENTÁRIOS
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Homem se veste de Ku Klux Klan em ato pró-Bolsonaro no RS

Publicado em 23 Abr, 2021 às 10h35

Rio Grande do Sul: em ato pró-Bolsonaro e contra o STF, homem vestido como Ku Klux Klan fala em 'matar comunistas'

Ku Klux Klan rio grande do sul

Um homem homem vestido com trajes semelhantes aos da Ku Klux Klan discursou durante um ato a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em Porto Alegre (RS) nesta quinta-feira (22).

Durante a manifestação, apoiadores do presidente pediram intervenção militar e falaram em “caça aos comunistas”. A Ku Klux Klan é uma organização supremacista branca e de extrema-direita fundada nos EUA.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, bonecos aparecem enforcados em uma árvore enquanto o homem falava e era aplaudido por dezenas de presentes.

“O que nós viemos fazer aqui hoje, gente? Viemos acabar com o comunismo. Hoje, é o fim do comunismo. Alguém quer o comunismo aqui ainda? Querem o comunismo? Fim do comunismo!”, dizia.

Em outro vídeo, algumas pessoas pedem “intervenção cívico-militar com Bolsonaro”. Durante o ato, os participantes usam também os termos “eu autorizo, presidente”, como aval para que Bolsonaro “dê um golpe de Estado”.

O vereador Matheus Gomes (PSOL), da Comissão de Direito Humanos da Câmara Municipal de Porto Alegre, disse que irá até a delegacia Especializada no Combate à Crimes de Intolerância para registrar um boletim de ocorrência. Segundo ele, a manifestação “é uma apologia explícita à violência racial e ao ódio como um elemento de violência politica”.

Os vereadores que vão acompanhá-lo são os quatro da bancada negra, Karen Santos (PSOL), Reginete Bispo (PT), Daiana Santos (PCdoB) e Bruna Rodrigues (PCdoB), além do vereador Leonel Radde (PT).

O vereador destaca a alusão ao método de linchamento da Ku Klux Klan e a falta de atitudes contrárias à ação. “As dezenas de pessoas presentes interagiram positivamente. Não foi um ato isolado. É necessária uma investigação direta”, disse.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul informou ao Pragmatismo que vai encaminhar ofício sobre o caso para a Promotoria de Justiça Criminal avaliar os fatos. A Polícia Civil também irá apurar o caso.

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